sábado, 19 de dezembro de 2009

O Amor do Jovem à Igreja



É dever de todo jovem católico amar a Igreja profundamente. Ela é o meio que Deus Pai escolheu para salvar- nos, depois que o pecado entrou em nossa História. É o corpo Místico do seu Filho, no qual Ele nos reúne como uma só família de Deus. O Concílio Vaticano II nos ensina que: “A Igreja é, em Cristo, como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima reunião com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (LG,1). “Ela é o instrumento da Redenção de todos os homens” (LG,9), “sacramento universal da salvação”, pelo qual Cristo “manifesta e atualiza o amor de Deus pelos homens”. “Ela é o projeto visível do amor de Deus pela humanidade”, disse o Papa Paulo VI.



Para mostrar - nos toda a sua importância, o Catecismo da Igreja diz que ela é: a reação de Deus ao caos provocado pelo pecado (CIC,761). É o instrumento de Deus para destruir todo pecado e todo o mal e trazer toda a humanidade para Deus. A Igreja é a nossa Mãe; é através dela que renascemos para Deus, através do Batismo; por isso, deve ser conhecida, amada, respeitada, obedecida e defendida.



Só ela perdoa os nossos pecados. É ela, e, somente ela, que nos dá o Corpo e o Sangue do Senhor na Sagrada Eucaristia, para remédio e sustento de nossas forças. É ela que nos dá a efusão do Espírito Santo pela Crisma. É ela que transforma em sacramento e benção a nossa união conjugal; é ela, e somente ela, que nos dá os sacerdotes; é ela que, enfim, nos unge no leito da dor e da morte. É ela que nos levará ao céu; e é por ela que viveremos a eternidade em Deus. Ela é a Noiva do Cordeiro. Quem a rejeita, conscientemente, rejeita a própria salvação e o próprio Deus que a instituiu, diz o Catecismo: “Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente no seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus através de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem entrar nela, ou então perseverar (CIC n.846).



Declarou certa vez o Papa Paulo VI: “Quem não ama a Igreja, não ama Jesus Cristo”. E amá-la implica em conhecê-la, respeitá-la, obedecê-la, servi-la, e dar a vida por ela.



Santa Joana D’Arc disse a seus juízes: “Quanto a Jesus e à Igreja, parece-me que são uma só coisa, e que não há questionamento sobre isso”.



Todos os santos e santas amaram a Igreja com um amor imenso, dedicando a ela toda a sua vida. Santa Tereza de Ávila, no seu Caminho de Perfeição, diz: “Procurai a limpeza de consciência e humildade, desprezo de todas as coisas do mundo e fé inabalável no que ensina a santa Madre Igreja” ( Ed. Paulinas, 2. ed., pag 129,1979, SP ).



A Igreja é a Esposa de Cristo, e por ela, Ele derramou o seu Sangue (Ef 5,26).



Os Santos Padres gostavam de compará-la à Arca de Noé, a única que salva do dilúvio (1Pe 3,20´21). Nela vive o Senhor. Ela é a nossa garantia de paz, verdade e salvação. Infelizmente essa boa Mãe é tantas vezes mau amada por muitos dos seus filhos. Muitos não a conhecem, e por isso não a amam. A desprezam, a criticam, a ofendem, sem perceber que estão ofendendo e magoando “o próprio Jesus”. A Igreja é divina e humana, por isso é santa, embora formada por pecadores; mas invencível e infalível quando ensina a fé e a moral, pois tem a assistência do próprio Senhor que nela vive continuamente.



“Eis que estarei convosco todos os dias...“ Não nos desesperemos e nem desanimemos com os erros e com os pecados dos seus membros; por mais que eles sejam abundantes não conseguirão afundar a barca de Pedro, que recebeu do Senhor a garantia de que as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela. A parte humana, que somos nós, sempre será falha, mas a sua alma, o Espírito Santo, jamais permitirá que ela erre o seu caminho. Jesus lhe prometeu, antes de sofrer a Paixão: Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não a podeis suportar agora. Mas quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos á toda a verdade...´(Jo16,12). Pode haver garantia maior do que essa? Se o Espírito Santo foi prometido, e dado, por Jesus para guiar a Sua Igreja, como, então, ela poderia errar o caminho da Salvação? Antes de pensar que a Igreja poderia ter errado o caminho da fé, seria preciso aceitar que as promessas que Ele fez à Igreja não se cumpriram, ou que Ele mentiu para os seus apóstolos na última Ceia. Mas isto jamais! Jesus não pode errar porque é Deus. Desde Pedro a Igreja já teve 265 Papas, enfrentou até aqui 2000 anos de perseguições, heresias e outros tantos perigos que somente uma instituição divina poderia resistir. Esta é a maior prova. Se nem os pecados dos seus filhos: leigos, padres, bispos e papas, a destruíram, é porque, de fato, ela é divina.



Um exemplo maravilhoso de amor à Igreja, dado em nossos tempos, foi o de Monsenhor Ignatius Ong Pin´Mei, Bispo de Shangai, no dia seguinte de sua libertação, depois de passar trinta longos anos nos cárceres da China comunista, por amor a Cristo e à Igreja Católica. Assim se expressou:



“Eu fiquei fiel à Igreja Católica Romana. Trinta anos de prisão não me mudaram. Eu guardei a fé. Eu estou pronto amanhã a voltar novamente à prisão para defender minha fé” (PR). Que estas palavras sirvam de estímulo para aqueles católicos de pouca convicção, que por qualquer erro dos homens da Igreja, já querem abandoná-la ou desprezá-la.



Que sirvam também àqueles que, conhecendo o ensinamento da Igreja sobre os assuntos da fé e da moral, no entanto, preferem seguir a própria consciência, ao invés de seguir aquilo que ensina a Igreja, com a assistência do Espírito Santo. Ele mesmo é a Memória viva da Igreja.

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