sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Curados pela Eucaristia
Nunca compreenderemos como o Senhor dá seu corpo e sangue na forma de pão e vinho. Isso será sempre um mistério da fé, mas o Senhor, sabendo disso, veio em auxílio a nossa fraqueza, a nossa incredulidade. Por isso Ele realizou prodígios; para que pudéssemos aceitar com mais facilidade o mistério da eucaristia. Por isso Jesus andou sobre as águas, multiplicou os pães, apareceu aos apóstolos após a sua ressurreição; tudo para que soubéssemos que Ele tem o poder de realizar aquilo que realizou na Eucaristia.

Jesus quis concretizar a sua presença na hóstia, sob as espécies de pão e vinho, para que compreendêssemos que a Eucaristia que recebemos é o seu corpo, que vem ser presença, remédio, cura, alimento e força para nós.

Quando comungamos, é a pessoa inteira de Jesus que recebemos. É Jesus Ressuscitado, com seu corpo glorioso. Entramos em comunhão com suas chagas, que foram abertas por nós, para curar as nossas feridas e as marcas deixadas pelo pecado em nós. Comungamos o coração do Senhor, que amou e que ainda ama a cada um de nós; o mesmo coração que foi perfurado pela lança.

A Eucaristia é como um remédio que devemos tomar constantemente até nos curarmos, principalmente quando a nossa luta é contra um determinado pecado que não conseguimos vencer.

Ninguém consegue viver sem oração

Enquanto estivermos nesta vida, estaremos num vale de lágrimas, gemendo e chorando. Não pense que Deus é mágico e que, de repente, tudo vai se transformar em sua vida e você nunca mais vai ter problemas e sofrimentos: este é um terrível engano em que o próprio diabo nos coloca e que nos fragiliza. É totalmente o contrário: por nossa vida ser o que é, precisamos rezar sem cessar.

Ninguém consegue ficar por um período muito prolongado debaixo d’água; depois de um tempo, por mais resistência respiratória que possua, é obrigado a vir à tona, senão morre. Isso será diferente se você fizer como os mergulhadores profissionais que usam máscara de oxigênio e respiram tranqüilos. No entanto, se o oxigênio terminar ou alguma coisa acontecer, eles têm de subir depressa para a superfície da água, senão morrem. Porém, enquanto o oxigênio flui, eles estão tranqüilos, nadando na parte mais profunda do mar.

A receita para vivermos neste vale de lágrimas é justamente este fluir do oxigênio, que é a oração. Ela é o "oxigênio" de Deus para nós. Ninguém agüenta viver neste vale de lágrimas se não estiver munido desse "oxigênio".

O Dom da Cura no Grupo de Oração

Um Grupo de Oração que se reúne semanalmente para encontrar com Deus, lhe prestar culto de louvor e ação de graças, certamente será visitado pelo Senhor da vida.

As curas que ocorrem durante as reuniões de oração geralmente acontecem como resultado da perseverança de seus membros na vida carismática. É a partir da fé e da fidelidade à vida de oração, leitura da Palavra e frequência às reuniões de oração que começa a se destacar em cada um a manifestação do Espírito para proveito comum (I Cor. 12, 7), e nesta manifestação do Espírito alguns recebem o dom de orar por cura.

Com o passar do tempo, os participantes do Grupo de Oração vão percebendo e até mesmo reconhecendo que determinado irmão ou irmã tem o dom de orar pelos enfermos, o que na maioria dos casos leva, segundo o que temos visto, de quatro a sete anos de caminhada.

Mas o importante é ter em mente que o dom pertence ao seu doador, ou seja, ao Espírito Santo, e que este, de maneira especial tem derramado seus dons nas reuniões de oração e chamado alguns a este ministério.

As curas podem ocorrer a qualquer momento em uma reunião de oração carismática, desde seu início, até o final, pois Deus age como quer, quando quer e na hora em que quiser. Às vezes, ocorrem curas sem que ninguém as peça, em um momento de louvor, por exemplo. Não são poucos os testemunhos de irmãos curados durante a reunião, sem que haja uma oração direta de algum servo para o restabelecimento de sua saúde.

A graça geralmente ocorre quando os membros do Grupo, dispostos e desejosos de deixarem-se usar pelo Espírito Santo, abrem-se ao dom, tornando-se canal de graça, intercedendo uns pelos outros, permitindo que o Senhor, por meio de suas orações, manifeste seu amor, curando os doentes, como sinal de sua presença.

Para que a cura ocorra constantemente no Grupo de Oração, os participantes devem ser motivados a experimentar todos os dons, aprender a orar pelos outros, sem se preocuparem de estar exercendo algum tipo de ministério. É necessário fazer experiência de orar uns pelos outros. São Tiago nos ensina: "orai uns pelos outros para serdes curados" (Tg 5, 16b).

O Senhor tem pressa e quer que aprendamos muito e rapidamente na caminhada em um Grupo de Oração. Para isso, somos levados a participar por períodos curtos em vários ministérios, motivados por uma vontade inexplicável de crescer e aprender.

É importante que os mais experientes incentivem os iniciantes que estão nesta busca de serem usados por Deus, levando-os a fazer vários cursos de formação e obter a experiências em todos os serviços, sem aquela obrigação de estarem atrelado a um ministério. Em outras palavras, não é necessário pertencer ao Ministério de Oração por Cura e Libertação para orar pelos outros e nem tampouco ter feito encontros de formação neste sentido. Todos podem orar uns pelos outros, abrindo-se aos dons do Espírito Santo. À medida que os dons vão sendo exercitados, orando e servindo aos irmãos, a comunidade vai reconhecendo o carisma de cada um.

Se uma pessoa é reconhecida pela comunidade como alguém que ao orar pela cura de um doente é atendida por Deus, esta, certamente, tem um chamado ao ministério. E o sinal claro desse chamado é a insistência de irmãos pedindo orações ou trazendo pessoas enfermas para que reze por elas. Quando o carisma se torna ministério a partir do reconhecimento pela comunidade, então a pessoa deve ser incentivada, principalmente pelo coordenador do Grupo de Oração, a buscar formação específica por meio do Ministério de Oração por Cura e Libertação, no intuito de se aprofundar na doutrina do carisma e aprender com os mais experientes.

Em resumo, o que temos aprendido com esta intervenção do Espírito Santo é o seguinte: primeiro o Dom de Curar acontece na Reunião de Oração, depois, com o passar do tempo, o dom começa a se destacar em alguns de seus membros, e só então, esses membros reconhecidos pela comunidade passam a se dedicar ao ministério.

Pelo que vimos, devemos tomar cuidado e não ter pressa na formação de ministros de oração por cura para não queimar etapas.

Para nossa reflexão: Uma pessoa que nunca orou pelos outros, ou que até tenha orado esporadicamente, ao fazer um curso do Ministério de Oração por Cura e Libertação, está pronta para exercer tal ministério?

Provavelmente, não. Fazer o curso e receber informações ajuda, mas por si só não capacita alguém a entrar para o ministério.

Mas, se ao contrário, alguém que não tenha feito curso de formação, porém vem sendo procurado pelos irmãos de forma sistemática na busca de oração por cura, este sim, deve ser incentivado a fazer os cursos de formação e entrar para o ministério, buscando aprofundar-se na doutrina do dom e compartilhar com os irmãos as experiências adquiridas na caminhada.

Para esses é imprescindível que se aprofundem na doutrina do dom e, para isso, devem buscar conhecimento, não somente nos cursos de formação dados pelo Ministério de Cura e Libertação, mas também nas Sagradas Escrituras e Doutrina da Igreja.

Também é importante a experiência dos irmãos de caminhada e a vasta literatura hoje existente em nosso meio, em especial aquela oferecida dentro de nossa espiritualidade.

Seguem aqui alguns pontos, que alguém que aspira ao Ministério de Oração por Cura, não pode perder de vista:

1 - Ter sempre em mente que o Dom de Curar é um carisma do Espírito Santo para o bem comum e não para satisfação ou projeção pessoal;

2 - Como os demais dons, à exceção do dom de línguas, só acontece quando Deus quer e na hora que Deus quer, pelo simples fato de não estar sob o domínio de quem ora e, por mais que haja fé, depende da vontade de Deus;

3 - É dado como sinal do amor de Deus por nós, geralmente para confirmar o anúncio do Evangelho;

4 - A maior motivação para o exercício do dom é, e sempre será, a caridade, sem se deixar levar pelo gosto do poder que o dom pode representar;

5 - Acontece com maior frequência quando se abre à unção do Espírito, geralmente em assembléias de oração, tais como nas reuniões de oração, nos Seminários de Vida no Espírito, nas Experiências de Oração, nos retiros, Congressos e outros eventos semelhantes, ocorrendo geralmente após um grande louvor, durante uma adoração ou momento de oração, mas podendo ocorrer também durante uma pregação ou proclamação da Palavra ou em qualquer momento em que o povo de Deus esteja reunido em seu nome, porque, como já foi dito anteriormente, o dom é do doador e é Ele quem escolhe o momento e a maneira de curar.

6 - É necessário desejar e pedir o dom ao Espírito Santo para se tornar um canal de graça para os irmãos;

7 - Quando se aspira ao ministério de cura, o certo é iniciar orando por enfermidades mais simples, sem se preocupar com resultados, após orar, entregar a Deus e deixar por sua conta os resultados, confiantes no seu poder, na certeza que depende d'Ele;

8 - É importante aprender a discernir. Às vezes, no inicio do ministério, tem-se à impressão que ao orar a cura vai ocorrer, o que, algumas vezes, não acontece. Mas, se, humildemente, refletirmos sobre a inspiração, pode-se concluir que o Senhor não estava dizendo: "vai curar..., mas, aprenda a orar para cura". Quando se sentir impulsionado a orar, ore, mas atento, porque o Senhor pode estar apenas lhe dizendo: aprenda a orar.

Aqueles que coordenam uma reunião de oração devem estar preparados e desejosos de que ela seja um transbordamento dos carismas, levando a assembleia de oração a se entregar ao Espírito Santo num clima de muito fervor e adoração.

É muito importante que o coordenador faça a graça acontecer, envolvendo todos os participantes da reunião de oração e que esses, em momentos próprios, orem uns pelos outros para obter as multiformes graças de Deus.

Um ponto privilegiado na reunião, para se obter a cura e libertação é o momento quando o coordenador, movido pelo dom da fé, pode convocar todos os membros a fazerem um ato de arrependimento, uma renúncia ou uma entrega, oração esta que certamente será ouvida pelo Senhor Jesus através de libertações e cura.

Outro ponto ocorre geralmente no momento do silêncio e escuta que acontece logo após o grande louvor depois da pregação da Palavra e dinâmica de oração que se segue. Geralmente neste momento ocorrem revelações de cura, por meio de palavra de ciência dada a um ou outro servo. Curas e libertações ocorrem ainda quando se faz uma grande intercessão pelos enfermos onde todos oram uns pelos outros.

Curas acontecem também após uma pregação ungida onde, ao final, o pregador ou o coordenador da reunião pede ao Senhor que confirme a palavra com os sinais.

Enfim, são muitos os momentos em uma reunião de oração, em que a cura ocorre. Tem-se visto grandes milagres durante o louvor, quando alguém apresenta ao Senhor Jesus uma pessoa muito enferma, com sério risco de morte (geralmente alguém que se encontra em alguma UTI de hospital), oportunidade em que o coordenador da reunião, após ouvir o clamor daquela pessoa, leva toda a assembleia a interceder pelo enfermo, pedindo a Jesus que vá àquele hospital e visite a pessoa necessitada. Milagres têm ocorrido quando todos oram.

Bem irmãos, o fato é que na vida da Renovação Carismática Católica, o Grupo de Oração é o local mais privilegiado para a manifestação do dom de curar. Podem surgir nesses grupos pessoas chamadas por Deus para exercer o ministério, mas a cura na reunião de oração é uma constante, independentemente do fato do grupo já ter ou não ministros de oração por cura.

Finalmente, desejo e espero que todos aqueles que a comunidade reconheceu como tendo o dom de curar, venham para o Ministério buscar a formação especifica sobre o dom.

sábado, 24 de outubro de 2009


terça-feira, 6 de outubro de 2009
Vantagens de receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca
Postado por Francisco às 05:00


Autor: Francisco Dockhorn
Publicação original: 05 de Maio 2006
Fonte: http://www.reinodavirgem.com.br/liturgia/vantagens.html

Ensina-nos a nossa Santa Mãe Igreja que o Santíssimo Sacramento é a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por isso, falando a respeito do ato de receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, a Santa Igreja, na instrução Memoriale Domini, de 29 de maio 1969 (posterior ao Concílio Vaticano II, portanto), recomenda: "Levando em conta a situação atual da Igreja no mundo inteiro, essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada."

A prática tradicional que a Santa Igreja adota há vários séculos é que os fiéis recebam o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Entretanto, existe hoje a concessão para que se receba o Corpo de Nosso Senhor na mão. Assim, em matéria moral, é lícito tanto receber o Corpo de Nosso Senhor na boca como na mão. Porém, a recomendação oficial do Santa Igreja é que se conserve a prática de receber Nosso Senhor na boca. E as normas litúrgicas são bem claras em afirmar que “os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão." (Notificação da Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino, de Abril de 1985). Não tem, pois, um sacerdote o direito de se negar a ministrar o Corpo de Nosso Senhor na boca.

A Santa Igreja, na Instrução Memoriale Domini, deixa claro que, se na antiguidade, em algum local foi comum a prática dos fiéis receberem o Corpo de Nosso Senhor na mão, houve nas normas litúrgicas um amadurecimento neste sentido para se passasse a receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Assim diz o documento: "Com o passar do tempo, quando a verdade e a eficácia do mistério eucarístico, assim como a presença de Cristo nele, foram perscrutadas com mais profundidade, o sentido da reverência devida a este Santíssimo Sacramento e da humildade com a qual ele deve ser recebido exigiram que fosse introduzido o costume que seja o ministro mesmo que deponha sobre a língua do comungante uma parcela do pão consagrado."

Mas quais são as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca? A Santa Igreja fala de duas: a maior reverência à Sua Presença Real e a maior segurança para que não se percam os fragmentos do Seu Corpo. Assim ele se expressa: "Essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada, não somente porque ela tem atrás de si uma tradição multissecular, mas sobretudo porque ela exprime a reverência dos fiéis para com a Eucaristia. Esse modo de fazê-lo não fere em nada a dignidade da pessoa daqueles que se aproximam desse sacramento tão elevado, e é apropriado à preparação requerida para receber o Corpo do Senhor da maneira mais frutuosa possível. Essa reverência exprime bem a comunhão, não ‘de um pão e de uma bebida ordinários’ (São Justino), mas do Corpo e do Sangue do Senhor, em virtude da qual ‘o povo de Deus participa dos bens do sacrifício pascal, reatualiza a nova aliança selada uma vez por todas por Deus com os homens no Sangue de Cristo, e na fé e na esperança prefigura e antecipa o banquete escatológico no Reino do Pai’ (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n.3) Por fim, assegura-se mais eficazmente que a santa comunhão seja administrada com a reverência, o decoro e a dignidade que lhe são devidos de sorte que seja afastado todo o perigo de profanação das espécies eucarísticas, nas quais, ‘de uma maneira única, Cristo total e todo inteiro, Deus e homem, se encontra presente substancialmente e de um modo permanente’ (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n. 9); e para que se conserve com diligência todo o cuidado constantemente recomendado pela Igreja no que concerne aos fragmentos do pão consagrado."

Em relação à esta maior reverência de que a Santa Igreja fala, o senso litúrgico da Santa Igreja tem o ato de evitar tocar no Sagrado como sinal de reverência. No Antigo Testamento, Deus proíbe que se toque na Arca da Aliança que Ele manda fabricar (Ex 25,10-22; 2Sm 6,6-7). A este respeito também que Santo Tomás de Aquino, doutor da Santa Igreja, na Summa Teológica (Summa, III pars, q.82, art. 3), afirma que ”por reverência a este sacramento, nada o toca, a não ser o que é consagrado; portanto, o corporal e o cálice são consagrados, e da mesma forma as mãos do sacerdote, para tocarem este sacramento." Também o saudoso Papa João Paulo II escreveu: “Tocar as Sagradas Espécies s e distribui-las com as próprias mãos é um privilegio dos ordenados." (Dominicae Cenae, 24 de fevereiro de 1980) Por isso, a Santa Igreja ordinariamente só permite que os sacerdotes e diáconos toquem no Corpo de Nosso Senhor. Tanto que o Corpo de Nosso Senhor só pode ser recebido na mão como concessão especial, e "o ministro ordinário da Sagrada Comunhão é o Bispo, o Presbítero ou o Diácono" (Código de Direito Canônico, 910); os ministros extroardinários da Sagrada Comunhão só podem atuar quando houver uma necessidade real e extraordinária - como o próprio nome diz.

Se na Santa Ceia, Nosso Senhor entregou o Seu Corpo nas mãos dos Santos Apóstolos, não podemos esquecer que eles eram Bispos, e como Sacerdotes que são, tocam ordinariamente o Corpo de Nosso Senhor.

Tal ato externo de reverência exprime e testemunha a fé da Santa Igreja, em reconhecer que a hóstia consagrada não é um pãozinho, uma rosquinha ou uma bolacha Trakinas, mas é o Corpo de Nosso Senhor.

Se a intimidade a qual Nosso Senhor se entrega a nós no Santo Sacrifício da Missa é verdadeira, também é verdadeira a reverência que devemos à Ele como verdadeiro Deus. A reverência não se opõe à intimidade, nem a intimidade se opõe a reverência. Neste sentido, o saudoso Papa João Paulo II escreve em sua última encíclica: “Se a idéia de "banquete" inspira familiaridade, a Igreja nunca cedeu à tentação de banalizar esta "intimidade" com seu Esposo, recordando-se que ele é também seu Senhor e que, embora "banquete", permanece sempre um banquete sacrifical, assinalado com o sangue derramado no Gólgota." (Ecclesia de Eucharistia, n. 48)

Se nos cultos protestantes se tem o costume tradicional de receber o pão na mão, é porque lá não se acredita na Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento - e neste caso é pão mesmo, pois os protestantes romperam com a Sucessão Apostólica, ou seja, lá não há sacerdotes validamente ordenados, e portanto não poderiam celebrar a Santa Missa nem se quisessem.

Em ambientes católicos, os teólogos ditos "progressistas" vão na mesma linha e incentivam a prática de receber o Corpo de Nosso Senhor na mão; uma conhecida religiosa brasileira (que aliás, combate explicitamente o ensinamento da Sagrado Magistério ao defender a utopia do sacerdócio feminino) contraria a argumentação de Santo Tomás de Aquino e da Santa Igreja, dizendo: "A comunhão deve ser recebida na mão ou na boca? Na maioria das dioceses, esse problema já foi superado há muito tempo; entendemos que somente crianças muito pequenas necessitam receber comida na boca. E o povo de Deus não quer ser infantilizado por mais tempo." (Ione Buyst, em "A Missa, memória de Jesus no coração da vida"; p. 139) Trata-se, evidentemente, de um equívoco da religiosa comparar o Corpo de Nosso Senhor com uma comida qualquer e afirmar que a Santa Igreja nos infantiliza ao recomendar reverência à Ele!

Aqui, é preciso deixar claro que não podemos condenar a atitude de quem recebe, em determinada situação, o Corpo de Nosso Senhor na mão, por motivos justos. Aqui se enquadra o exemplo de uma pessoa que em determinada situação opta em receber o Corpo de Nosso Senhor na mão de um ministro que se sabe que lhe desagrada ministrar o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, para evitar conflitos com tal ministro. Porém, tais razões podem ser muito pessoais e subjetivas, por isso aqui não nos cabe julgamento do ato.

Além do mais, sempre será mais santa a atitude daquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na mão estando em estado de graça, do que aquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na boca estando em estado de pecado mortal. Porém, não podemos relativizar a questão a tal ponto de ignorarmos as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor na boca.

Nota do editor (06/10/2009):

Este artigo havia sido escrito em 2006, quando o Santo Padre Bento XVI, no Trono de Pedro, dava os seus primeiros passos a caminho da "reforma da reforma". No ano passado, chegou em nossas mãos as palavras de Mons. Albert Ranjith (na época, nada menos que Secretário da Congregação para o culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos!), no prefácio do livro "Dominus Est", de autoria do Bispo Athanasius Schneider, onde ele aprofunda e fortalece nossa argumentação:

"...acerca da comunhão nas mãos, deve-se reconhecer que a
prática foi impropriamente e rapidamente introduzida em algumas
dioceses da Igreja logo após o Concílio, mudando aquela antiqüíssima
prática, tornando-a uma prática regular em toda a Igreja. Algumas
dioceses justificaram a mudança dizendo que ela melhor reflete o
Evangelho ou a antiga prática da Igreja... Outras, para justificar
essa prática, referem-se às palavras de Jesus: "Tomai e comei." (Mc
14, 22; Mt 26, 26).

Quaisquer que sejam as razões para esta prática, não podemos ignorar
o que está acontecendo no mundo inteiro onde a mesma tem sido
implantada. Esse gesto tem contribuído para um gradual
enfraquecimento da atitude de reverência para com a sagradas espécies
Eucarísticas, enquanto que na prática anterior salvaguardava-se
melhor o sentido de reverência.

(...)

Neste sentido, o livro escrito pelo Bispo Athanasius Schneider, Bispo
Auxiliar de Karaganda no Cazaquistão, intitulado Dominus Est, é
significativo e estimado. (...) ... ele nos apresenta uma esclarecedora
consideração histórico-teológica de como a prática de receber a
Sagrada Comunhão na língua e de joelhos foi aceita e praticada na
Igreja por um longo período de tempo.

Agora eu penso que é o momento ideal para se rever e reavaliar tão
boas práticas e, se necessário, abandonar a prática corrente que não
foi exigida nem pela Sacrosanctum Concilium nem pelos Padres da
Igreja, mas foi apenas aceita depois de sua introdução ilegítima em
algum países. Agora, mais do que nunca, nós temos a obrigação de
ajudar os fiéis em desenvolver novamente uma fé profunda na Presença
Real de Cristo nas espécies Eucarísticas a fim de que se fortaleça a
vida da Igreja e a defenda em meio as perigosas distorções da fé que
esta situação continua causando."
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O Sacerdócio edifica a Igreja

Autor: Pe. Demétrio Gomes da Silva (Diretor do Instituto Filosófico e Teológico do Seminário São José da Arquidiocese de Niterói-RJ)



Publicação original: Julho de 2009




Saiba mais: Catecismo da Igreja Católica, n. 1322-1498;1536-1600; 1667-1673.



Ao proclamar o Ano Sacerdotal, com ocasião da comemoração do 150º aniversário do dies natalis de São João Batista Maria Vianney o Santo Padre, Papa Bento XVI, disse que pretendia “contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo”. Este Ano Sacerdotal deve ser um tempo no qual não só os sacerdotes, mas todos os fiéis redescubramos a beleza deste grande dom que o Senhor confiou à Sua Esposa, a Igreja.



Se todo cristão é um «Outro Cristo» - Alter Christus -, com muito mais razão o é o sacerdote. Homem configurado ao Senhor não só em virtude do sacramento batismal, mas também pela ordenação sacerdotal, que realiza nele uma identificação total com Cristo, Cabeça da Igreja. Podemos dizer que tal identificação é tão profunda, que já não existe uma alteridade perfeita entre Cristo e o sacerdote. Ele já não é somente um Alter Christus, mas Ipse Christus, o mesmíssimo Cristo.



Estritamente falando, só existe um Único Sacerdote: Jesus Cristo. Todos aqueles que recebemos o dom do sacerdócio por imposição das mãos dos Apóstolos e seus sucessores somos sacerdotes n’Ele, isto é, participamos do seu único e sempiterno sacerdócio.



O sacerdote perpetua a presença do Senhor na história dos homens de todos os tempos. Ele é chamado a fazer de sua voz, a voz de Seu Senhor; do seu olhar, o mesmo olhar amoroso do Mestre; de suas mãos, mãos que seguem curando e levantando aqueles que sofrem sob o peso de seus pecados. Parafraseando a Bem Aventurada Madre Teresa de Calcutá, podemos dizer, em uma palavra, que o sacerdote permite que Cristo siga amando através dele.



Por mais que quiséssemos, jamais conseguiríamos abarcar por completo este mistério na Igreja de Deus. O Santo Cura d’Ars dizia aos seus, que se entendêssemos o que é um sacerdote, morreríamos, não de susto, mas de amor. Afirmava também que só no Céu, o sacerdote entenderá bem a si mesmo.



A dignidade dos sacerdotes - a qual todos somos chamados a redescobrir neste Ano Sacerdotal - não consiste nas qualidades pessoais daqueles que são chamados a este ministério. Na verdade, parece que essas são inclusive bem escassas naqueles a quem o Senhor chama. Se Ele fosse seguir a lógica humana, certamente escolheria a outros. Há seguramente muito mais pessoas eloqüentes por aí, mais inteligentes, e até mesmo mais santas. Por certo, a criatura mais perfeita e bela que saiu das mãos de Deus, a Virgem Maria, não foi chamada ao sacerdócio. Aqui cai por terra a débil argumentação feminista, segundo a qual as mulheres deveriam ser também ordenadas, pois possuem a mesma dignidade que os homens. Em parte é verdade, mulheres e homens possuem a mesma dignidade diante de Deus, mas a dignidade do sacerdote - ignoram os feministas - não reside em que ele humanamente seja mais ou menos digno, mas no tesouro sobrenatural que ele porta, apesar do pobre vaso que é, na eleição que o próprio Deus fez dele.



O Senhor chama aqueles que Ele quis (Cf. Mc 3,13). Essa é a razão suprema do chamado sacerdotal: o querer libérrimo de Deus, totalmente independente das qualidades pessoais daquele que é chamado. A vocação sacerdotal é, por isso, dom totalmente gratuito. Ninguém tem “direito” a recebê-la.



A presença do sacerdote no mundo é absolutamente necessária para que a redenção alcance a todos os homens. A ação mais sublime que um homem pode realizar na terra - consagrar o Corpo e o Sangue do Senhor, e perdoar os pecados - só pode ser realizada por um sacerdote. “O padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o ecônomo do bom Deus; o administrador dos seus bens (…). Deixai uma paróquia durante vinte anos sem padre, e lá adorar-se-ão as bestas” (São João Maria Vianney).



Sem padre, não há Eucaristia, e, sem Eucaristia, não há Igreja. O teólogo francês, Henri de Lubac, afirmava que a “Eucaristia edifica a Igreja”. Podemos aqui acudir também a uma paráfrase e dizer que “o sacerdócio edifica a Igreja”. O caminho inverso, infelizmente, também é verdadeiro. Se alguém quiser desedificar a Igreja, tentará fazê-lo procurando destruir o sacerdócio. O demônio e os seus amigos sabem muito bem disso, e, como não tiram férias, tentam a todo o momento macular a imagem dos sacerdotes entre os homens.



Essa é a única razão pela qual os pecados dos ministros de Cristo são lançados aos quatro ventos, para que todos os contemplem e deixem de perceber o tesouro que escondem por detrás de suas fragilidades humanas. Não sejamos ingênuos: qual outra razão teriam em publicar em diversos meios de comunicação as misérias desses homens?



É verdade, lamentavelmente, que existem - sejamos realistas - sacerdotes que profanam o seu celibato com toda a espécie de corrupção sexual que a criatividade dos filhos de Adão pode imaginar, sacerdotes que se vendem por dinheiro, que desobedecem às normas da Igreja, enfim.


Como afirmou o Papa Bento XVI, “nada faz a Igreja, Corpo de Cristo, sofrer mais que os pecados dos seus pastores, sobretudo daqueles que se convertem em “ladrões de ovelhas” (João 10, 1ss)”. É um dano inimaginável o que esses maus pastores podem causar às almas de quem eles deveriam salvar, sobretudo porque um sacerdote nunca se condena sozinho. Porém, devemos estar muito vigilantes para que jamais sejamos tomados de certo espírito pessimista, que nos leve a pensar que todos os sacerdotes estão corrompidos, que nos faça, enfim, deixar de contemplar a beleza do ministério sacerdotal, e maravilhosa ação que Deus prodigaliza por meio desses homens.



Diante de tantas sombras, temos que afirmar - também com realismo -, que a imensa maioria dos sacerdotes temos o desejo de sermos fiéis à nossa vocação. Ainda com toda nossa debilidade, que compartilhamos com os nossos irmãos homens, temos o anseio sincero de conversão, de santidade, e para isso, nos confessamos, buscamos uma direção espiritual, e aproveitamos todos os meios ascéticos para colaborar com a graça de Deus em nós. Quantos são os sacerdotes que se consomem diariamente, nos altares de distantes igrejas, no silêncio dos confessionários, nos hospitais, e em tantos outros lugares, para conduzir ao Céu aquelas almas que lhe são confiadas, ocultos aos olhos dos meios de comunicação?



Aproveitemos esta inspirada iniciativa do Santo Padre para fazer novamente brilhar o esplendor do sacerdócio na Igreja Católica. Esplendor que, nem sequer, a miséria dos pastores enfermos - não existem maus pastores, mas pastores doentes - poderão roubar da Santa Igreja. Resgatar práticas simples, mas carregadas de fé, como, por exemplo, pedir a bênção aos sacerdotes. Incentivá-los a que se vistam como padres. Rezar muito pela sua conversão. Fazer, de alguma forma, com que nós mesmos redescubramos o tesouro que recebemos em nossa ordenação e recuperemos nossa identidade diante da Igreja e do mundo.



Certa vez ouvi dizer que a sociedade civil é um reflexo da sociedade eclesiástica. Se isso é verdade, pense no que poderíamos fazer no mundo com um punhado de sacerdotes santos?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

RCC de Natal realiza Ressurgir 2009




A Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Natal está se preparando para a 16ª edição do Ressurgir. O evento será realizado de 03 a 06 de dezembro, no ginásio do Instituto Sagrada Família, em Natal/RN, com a participação de diversos artistas nacionais e locais.

Para a coordenação da RCC Natal, o Ressurgir 2009 não deve mais ser visto como um evento de shows, mas como um projeto missionário que se estende por todo o ano. Gustavo Santana, coordenador geral do Ressurgir, relata que esse projeto missionário tem como alvo principal os jovens, que participam ou não de grupos de oração. Ele enfatiza que “mais do que a propaganda das atrações que vão passar pelos palcos do evento, queremos atrair as pessoas pelo nome do Nosso Senhor, Jesus Cristo”.

Para isso, está sendo montada uma programação especial para este ano. Além dos tradicionais shows, serão realizados momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento e Santa Missa. Gustavo diz que uma grande tenda de adoração ao Senhor estará montada no local, do começo ao fim do evento. Além disso, estão sendo preparadas equipes de oração por cura e aconselhamento e os padres da arquidiocese estão sendo convidados para ouvir confissão.

O evento está assumindo um caráter temático e este ano o tema “Um novo louvor ao Senhor” foi discernido a partir da inspiração nacional que a RCC vive este ano: “Jesus Cristo é o Senhor” (cf. Fp 2, 11), e do Salmo 150, 6: “Tudo que tem fôlego, louve ao Senhor”. A proposta deste tema é restaurar nas pessoas, de modo geral, a necessidade de estar permanentemente louvando ao Senhor.

O Ressurgir é realizado, todos os anos, paralelo ao Carnatal, a micareta da capital potiguar. Segundo alguns sites de turismo, esta é uma das maiores micaretas do país e atrai anualmente mais de um milhão de pessoas para o Corredor da Folia. Para se entender o que o evento representa na cidade, é preciso salientar que Natal tem pouco mais de 800 mil habitantes.

Desde a sua primeira edição, o Ressurgir quer testemunhar a verdadeira alegria. Segundo Gustavo, “é preciso um trabalho urgente e ágil para abrir os olhos da juventude para as ilusões que o mundo oferece”. “A nossa cidade se transforma em prol de um evento que no fundo somente destrói aquilo que o Senhor fez de mais especial, o homem. Precisamos nos deixar envolver com a alegria que não passa, a alegria vinda do Espírito Santo”, concluiu.

Para alcançar a juventude, estão sendo montadas equipes de jovens que irão visitar todos os grupos de oração da cidade de Natal para que participem do evento. Além disso, a juventude está se mobilizando com o auxílio da tecnologia, através de ferramentas como Orkut e SMS. Também foi lançado o site do Ressurgir: http://www.ressurgir.com.br, com todas as informações do evento. Em breve, o projeto quer alcançar os jovens do Twitter.

Apesar de ser um evento mais voltado para os jovens, é visível a presença de pessoas de todas as idades no evento. É possível ver famílias inteiras, todas as noites. Para este ano, está sendo esperada uma média de duas mil pessoas por noite.


Fonte: Ministério de Comunicação Social – RCC Natal/RN

Papa exorta a evangelizar segundo estado de vida e carisma



O Papa exortou todos os cristãos e comunidades eclesiais a anunciarem e testemunharem o Evangelho "segundo os diversos estados de vida e carismas", por ocasião do Dia Missionário Mundial, que a Igreja celebra neste domingo, 18.

Ele o fez em sua alocução prévia à oração do Ângelus, diante de centenas de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.

"O Dia Missionário Mundial constitui, para todas as comunidades eclesiais e para cada cristão, um forte convite ao compromisso de anunciar e testemunhar o Evangelho a todos, em particular aos que ainda não o conhecem", disse.

Citando a encíclica de João Paulo II, Redemptoris Missio, Bento XVI afirmou que "a Igreja existe para anunciar esta mensagem de esperança a toda a humanidade, que em nosso tempo, ‘apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e da sua própria existência'".

Prosseguir a obra de Jesus

O pontífice indicou que a Igreja, "guiada pelo Espírito Santo, reconhece-se chamada a prosseguir a obra do próprio Jesus, anunciando o Evangelho do Reino de Deus".

"Este Reino já está presente no mundo como força de amor, de liberdade, de solidariedade, de respeito à dignidade de cada homem, e a comunidade eclesial sente forte no coração a urgência de trabalhar para que a soberania de Cristo se realize plenamente", acrescentou.

A Mensagem do Papa para o Dia Missionário Mundial deste ano está inspirada em uma expressão do Livro do Apocalipse, que, por sua vez, remete-se a uma profecia de Isaías: "As nações caminharão à sua luz".

Em referência a este lema, o Santo Padre destacou que a luz do Evangelho "orienta o caminho dos povos e os guia à formação de uma grande família, na justiça e na paz, sob a paternidade do único Deus, bom e misericordioso".

Bento XVI pediu "que toda comunidade humana seja iluminada pela luz de Cristo" e "que seu Evangelho ajude as pessoas de todos os continentes a converter-se em uma grande família, para que todos os povos descubram em Deus um Pai que os ama".

Também invocou a intercessão de São Lucas evangelista, de São Francisco Savério, de Santa Teresa do Menino Jesus e de Nossa Senhora, "para que a Igreja possa continuar difundindo a luz de Cristo entre todos os povos".

No Dia Missionário Mundial, o Papa convidou também "todos os cristãos a um gesto material e espiritual de partilha para ajudar as jovens igrejas dos países mais pobres".

Verdadeiras perseguições

O pontífice agradeceu aos que colaboram com as missões, particularmente as Pontifícias Obras Missionárias.

E recordou "os missionários e missionárias - sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos voluntários - que consagram sua existência a levar o Evangelho ao mundo, enfrentando também obstáculos e dificuldades e, às vezes, até verdadeiras perseguições".

Concretamente, referiu-se ao sacerdote fidei donum Ruggero Ruvoletto, recentemente assassinado no Brasil, e ao religioso Michael Sinnot, sequestrado há poucos dias nas Filipinas, assim como ao que está "emergindo no Sínodo dos Bispos da África em termos de extremo sacrifício e de amor a Cristo e à sua Igreja"

Após a oração do Ângelus, em sua saudação em língua francesa, afirmou que "Cristo no Evangelho nos recorda que o Filho do Homem veio para servir".

E destacou que "nossa fidelidade a Cristo não deve nos levar a procurar as honras, a notoriedade, a fama, mas nos convida a compreender e fazer compreender que a verdadeira grandeza se encontra no serviço e no amor ao próximo".

Mensagem aos Participantes no Encontro Mundial da Renovação Carismática Católica



Caríssimos Irmãos e Irmãs!

1. Com grande alegria envio-vos a minha saudação por ocasião do "Encontro Mundial da Renovação Carismática Católica", que se realiza em Rimini. Já há diversos anos a "Renovação no Espírito Santo" celebra aí, no início de Maio, a sua "convocação nacional". Por ocasião do Ano Jubilar este encontro assumiu uma dimensão particular, devido à presença de numerosos representantes de grupos e comunidades carismáticas provenientes de outros Países do mundo.
Justamente, por isso, o vosso encontro realiza-se com o patrocínio de um organismo, o "International Catholic Charismatic Renewal Services", ao qual compete a tarefa de coordenar e promover o intercâmbio de experiências e de reflexões entre as comunidades carismáticas católicas espalhadas pelo mundo. Graças a isto, a riqueza presente em cada comunidade reverte-se em benefício de cada um e todas as comunidades podem perceber, de maneira mais fácil, o vínculo de comunhão que as une umas às outras e à Igreja inteira. Saúdo cordialmente o Presidente do "International Catholic Charismatic Renewal Services", Senhor Allan Panozza, e o Coordenador Nacional da "Renovação no Espírito Santo", Senhor Salvatore Martinez, e também todos os membros do Comitê Nacional de Serviço.

2. Este encontro internacional de Rimini constitui para vós uma etapa da peregrinação jubilar. Ao celebrarmos a etapa bimilenária da Encarnação, todos nós somos chamados a dirigir o nosso olhar para Cristo, "luz das nações". Ao olharmos para Ele, renovam-se em nós o enlevo e a gratidão: o Filho de Deus fez-se homem, morreu para a nossa salvação, ressuscitou e vive.

Cristo vive! Ele é o Senhor! Esta é a certeza da nossa fé. Enquanto a proclamamos com humildade e firmeza, estamos conscientes do fato que esta certeza não vem de nós. Se pudemos conhecer Cristo, foi porque Ele mesmo se fez conhecer a nós, dando-nos o seu Espírito: "Ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", senão por influência do Espírito Santo" (1Cor12,3). Ao fazer-se conhecer, Cristo não nos deixou sozinhos. No Espírito nasce o novo povo de Deus, porque "aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-o em povo que O conhecesse na verdade e O servisse santamente" (Const. dogm. Lumen gentium, 9). Toda a comunidade eclesial autêntica é uma porção deste povo, que há dois mil anos percorre as estradas do mundo. Embora pertencendo a uma comunidade determinada, todo o batizado está, portanto, aberto a acolher a riqueza da Igreja universal, que é a Igreja de todos os séculos.

3. A Igreja olha com gratidão para o florescer de comunidades vivas, nas quais a fé é transmitida e vivida. Neste florescimento, ela reconhece a obra do Espírito Santo, que jamais deixa faltar à Igreja as graças necessárias para enfrentar situações novas e às vezes difíceis. Muitos de vós recordareis o grande encontro que se realizou em Roma no dia 30 de Maio de 1998, na vigília de Pentecostes. Naquela ocasião, eu disse: "No nosso mundo, com freqüência, dominado por uma cultura secularizada que fomenta e difunde modelos de vida sem Deus, a fé de muitos é posta à dura prova e, não raro, é sufocada e extinta. Percebe-se, então, com urgência a necessidade de um anúncio forte e de uma sólida e aprofundada formação cristã. Como é grande, hoje, a necessidade de personalidades cristãs amadurecidas, conscientes da própria identidade batismal, da própria vocação e missão na Igreja e no mundo! Como é grande a necessidade de comunidades cristãs vivas! E eis, então, os movimentos e as novas comunidades eclesiais: eles são a resposta, suscitada pelo Espírito Santo, a este dramático desafio do final de milênio" (L'Osserv. Rom. Ed. port. de 6/6/98, pág. 4).

Naquela ocasião, fiz observar também que para os movimentos já se apresentava uma etapa nova, "a da maturidade eclesial” (ibid.). Também as comunidades carismáticas são chamadas hoje a dar este passo e estou certo de que, para o maturar da consciência eclesial nas diversas comunidades carismáticas católicas espalhadas pelo mundo, um papel importante poderá tê-lo o "International Catholic Charismatic Renewal Services". Aquilo que eu disse então na Praça de São Pedro, repito-o a todos vós reunidos em Rimini: "A Igreja espera de vós frutos ‘maduros’ de comunhão e de empenho" (ibid.).

4. No seio das vossas comunidades, em circunstâncias diversas, para cada um de vós teve início um caminho que leva a um conhecimento e a um amor de Cristo sempre maior. Não interrompais o caminho empreendido! Tende confiança: Cristo completará a obra que Ele mesmo iniciou. "Aspirai aos melhores dons!" (1 Cor 12, 31). Procurai sempre Cristo: procurai-O na meditação da Palavra de Deus, procurai-O na oração, procurai-O no testemunho dos irmãos. Sede gratos aos sacerdotes que acompanham como pastores as vossas comunidades: através do seu ministério é a Igreja que vos guia e vos assiste como mãe e mestra. Acolhei com alegria as ocasiões que vos são oferecidas para aprofundar a vossa formação cristã. Servi Cristo nas pessoas que vos estão próximas, servi-O nos pobres, servi-O nas carências e necessidades da Igreja. Deixai-vos guiar verdadeiramente pelo Espírito! Amai a Igreja: una, santa, católica e apostólica!

Estou particularmente contente por saber que no vosso encontro participam também representantes de outras Igrejas e Comunidades eclesiais e desejo saudá-los com afeto. Ao unirdes-vos no louvor comum, acolhestes o convite por mim formulado na Bula de proclamação do Grande Jubileu: "Acorramos todos, vindos das diversas Igrejas e Comunidades eclesiais espalhadas pelo mundo, para a festa que se prepara; tragamos conosco aquilo que já nos une, e o olhar fixo unicamente em Cristo permita-nos crescer na unidade que é fruto do Espírito" (Incarnartionis mysterium, 4).

Enquanto juntamente convosco oro à Virgem Maria, para que cada um acolha o dom do Espírito para ser testemunha de Cristo lá onde vive, de bom grado concedo-vos, queridos Irmãos e Irmãs, e às vossas famílias a minha afectuosa Bênção.

Vaticano, 24 de Abril de 2000.

O Dom de Línguas: A Glossolalia



Dando sequência a formação sobre os dons, apresentamos o texto Dom de Línguas: A Glossolalia, retirado do Informativo do ICRRS (International Catholic Charismatic Renewal Services).

O Dom de Línguas: A Glossolalia

O dom de línguas é um fenômeno bastante normal para as pessoas envolvidas na Renovação Carismática. Mas as pessoas que têm contato com este tipo de oração pela primeira vez podem sentir-se desapontadas, já que algo como a glossolalia parece estranho para eles. São Paulo advertiu os Coríntios que isto poderia acontecer.

“Se, pois, numa assembleia da igreja inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos?” (I Coríntos 14, 23).

E esta advertência vem a partir da experiência. Os apóstolos falando em línguas no dia de Pentecostes foram objetos de gozação. “Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos embriagados de vinho doce” (Atos 2, 13).

Aqueles que falam em línguas podem ser acusados de serem fanáticos ou mentalmente desequilibrados. Tal acusação pode atingir todas as pessoas que estejam profundamente envolvidas em oração, o que é notável a partir da imaginação convencional de oração. E o exemplo do Rei Davi prova isto. A filha de Saul, que olhava-o pela janela, viu que o Rei saltava e dançava em frente à Arca da Aliança, e desprezou-o em seu coração (I Crônicas 15, 29).

No entanto, é necessário declarar que o falar em línguas foi prometido por Jesus antes de Sua Ascensão.

“Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas”. (Marcos 16, 17).

Portanto, não há nada estranho em usar este carisma. O problema parece surgir entre as pessoas que não conhecem o ensinamento bíblico sobre este dom.

É necessário ressaltar que há três tipos de oração em línguas mencionados na Bíblia:

1. A Profecia em línguas acontece quando uma pessoa fala em um idioma desconhecido e o resto dos participantes permanece em silêncio. Tal profecia dá frutos se outra pessoa tem o dom de interpretação e explica o que foi dito.

“Ora, desejo que todos faleis em línguas, porém muito mais desejo que profetizeis. Maior é quem profetiza do que quem fala em línguas, a não ser que este as interprete, para que a assembleia receba edificação. Suponhamos, irmãos, que eu fosse ter convosco falando em línguas, de que vos aproveitaria, se minha palavra não vos desse revelação, nem ciência, nem profecia ou doutrina? (I Coríntios 14, 5-6).

2. Após receber o Espírito Santo, os Apóstolos estavam falando em línguas que não conheciam antes e estas línguas eram compreensíveis para os Judeus de diferentes nações que vieram para Jerusalém para a festa (ver Atos 2, 4-13). Estas pessoas ficaram admiradas em ouvir sobre os “prodígios de Deus” em suas próprias línguas. Portanto, este tipo de dom de línguas é um sinal para aqueles que não acreditam.

3. Adoração espontânea do Senhor após receber o Espírito Santo (Atos 10, 44-46; 19, 1-7). Durante esta oração, muitas pessoas falam em línguas ou cantam em línguas simultaneamente e este é o verdadeiro dom da glossolalia.

Este dom é hoje em dia bastante comum em grupos de oração carismáticos. Seu uso mais frequente acontece quando todos estão adorando a Deus juntos. As pessoas rezam simultaneamente em suas próprias palavras, em línguas e em canções. Pode-se dizer que a glorificação zelosa ao Senhor foi renovada na Igreja pela Renovação Carismática e é uma contribuição muito importante ao jorrar de graças na Igreja contemporânea. O dom de línguas é também como um “quebra-gelo” em nosso contato pessoal com o Senhor, o que pode ser difícil quando uma pessoa está focada em si mesma e em seus problemas. Adorar a Deus concentra as pessoas na pessoa do Senhor e as abre para os próximos carismas que podem aparecer durante o Grupo de Oração.

O dom da glossolalia se faz presente durante a invocação do Espírito Santo e durante intercessões. Mas observa-se também que enquanto as pessoas estão glorificando o Senhor, elas geralmente cantam. Este carisma é muito usado durante intercessões, que é também um dos tipos característicos de ministério na Renovação Carismática. Muitas vezes, pessoas rezando por outras sentem que os pedidos que estas fizeram não são necessariamente aqueles que elas mais precisam. As pessoas que rezam por outras pessoas geralmente não sabem o que pedir, portanto, rezam em línguas. Então, de acordo com a Palavra de Deus (Romanos 8, 26-27), o Espírito “vem em auxílio à nossa fraqueza... E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus”. Algumas vezes o Espírito Santo revela, durante a oração em línguas, qual é o verdadeiro problema da pessoa que está recebendo a oração. O entendimento pode então ser proclamado como o dom do conhecimento. Algumas vezes o Espírito Santo entende o que as pessoas, fazendo a oração, estão pedindo e responde.

Resumindo, o dom de línguas é uma forma sobrenatural de comunicação com Deus através do Espírito Santo, que é o doador deste carisma. A glossolalia edifica a oração quando as pessoas se congregam no mesmo lugar para encontrar-se com Deus. Usada quando se está glorificando o Senhor, abre para outros carismas e une as pessoas no mesmo Espírito. Mas também edifica pessoas isoladamente, porque este dom pode ser usado durante nossas orações pessoais. “Aquele que fala em línguas, edifica-se a sim mesmo; mas o que profetiza, edifica a assembleia”. (I Coríntios 14, 4).

Podemos usar este carisma quando sentimos grande entusiasmo e queremos glorificar a Deus, mas nossa mente não consegue “produzir” as palavras adequadas para expressar nossos sentimentos. O dom de línguas é muito usado em tais ocasiões porque não bloqueia nosso entusiasmo. Mas é também bom lembrar que este dom não controla a pessoa, mas é a pessoa que controla o dom e pode fazer uso dele quando bem entender. Esta regra se aplica também ao dom da glossolalia. Por isso, o dom de línguas não deve ser considerado como um tipo de êxtase.




Darek Jeziorny - ICCRS
site da RCC

Terço dos homens

Uma prática que representa um bem para si mesmo, para sua famíliaA+A-
Sob o aspecto pastoral, outubro é o mês missionário; em relação à devoção mariana, é o mês do Rosário. Em seu calendário santoral, no dia 7 a Igreja celebra a liturgia de Nossa Senhora do Rosário, lembrando a libertação dos cristãos na batalha de Lepanto no século XVI. "Esta designação de "rosário" pode ter origem no costume de, em alguns lugares, o povo oferecer coroas (guirlandas) de rosas à sua rainha. Os cristãos transferiram este costume a Maria, a rainha do céu e da terra, oferecendo-lhe uma coroa de 150 rosas – Ave-Marias". É importante recordar que o rosário é uma oração bíblica, cristocêntrica, pois, os mistérios contemplados são os mistérios centrais da história da salvação, da nossa fé. As orações que se rezam são tiradas da Sagrada Escritura. Na oração do Rosário, são lembradas as alegrias, dores e glórias de Jesus e de Maria. O papa João Paulo II acrescentou aos mistérios gozozos, dolorosos e gloriosos, os mistérios luminosos que contemplam o período da vida pública de Jesus.


Missão e oração são práticas indissociáveis na vida de Jesus, de seus primeiros apóstolos e de todos os seus discípulos ao longo dos séculos. A prática da oração faz parte da vida de pessoas religiosas, independentemente da religião que pratiquem. Para os cristãos, a oração é a melhor forma de se estabelecer uma união verdadeira com Deus. Quando estão em oração, as pessoas se encontram com Deus e consigo. Conforme o Evangelho, Jesus recolheu-se em oração muitas vezes, notadamente em momentos importantes de sua missão. Deu o exemplo de oração e mostrou que ela é necessária na vida de seus discípulos. Ao observarem a sua prática de oração, eles pediram que lhes ensinasse a rezar. Atendendo ao seu pedido, ensinou-lhes a oração do Pai Nosso.


Os católicos rezam individualmente, em grupo e em comunidade. Jesus revelou o valor de cada uma dessas formas de oração, mas, sem dúvida, a oração em comum é mais rica de sentido. “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está no escondido. E o teu Pai, que vê o escondido, te dará a recompensa. (Mt 6,6) É o caso de oração individual. “Eu vos digo isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.” (Mt 18,19-20) É uma forma de oração em grupo. “Depois de prender Pedro, Herodes lançou-o na prisão, guardado por quatro soldados. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo depois da festa da Páscoa. Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja orava continuamente a Deus por ele.” (At 12,4-5) É um exemplo de oração da comunidade.


A oração é feita de maneira silenciosa ou com palavras, de maneira espontânea ou com a recitação de fórmulas consagradas. Os católicos cultivam uma forma de oração muito comum, que é a oração oral e com fórmulas conhecidas como o Pai Nosso, a Ave Maria, o Creio, a Salve Rainha, o Santo Anjo do Senhor, a Ladainha de Nossa Senhora e muitas orações que alimentam a sua vida espiritual. A recitação do Terço ou do Rosário de Nossa Senhora ocupa um lugar especial entre estas orações da devoção e da piedade dos católicos.


Na Igreja Católica do Brasil, desenvolve-se, em muitas dioceses, uma prática de oração de grupo que é o Terço dos homens. Pouco a pouco, essa prática vai animando a oração dos homens nas paróquias de diversas dioceses. Cada homem que participa do Terço sabe, por experiência, que essa prática representa um bem para si mesmo, para sua família e para a comunidade cristã. Cada homem dá um exemplo de oração a outros homens, cada um se torna um missionário junto a muitos amigos e companheiros que estão distantes de Deus e da Igreja Católica.

O amor que damos aos outros é o amor que damos a Deus

"Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com todo o teu ser, com todas as tuas forças" (Dt 6,5) e acrescentou: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22, 39).

A receita para a santidade é o amor que se realiza por meio de atitudes concretas.

Além de mostrar que este é o caminho para a santidade e que o amor se faz mediante atitudes concretas, Jesus nos diz que seremos julgados pelo amor. Ele afirma: o que fazemos ou deixamos de fazer em gestos concretos de amor é a Ele que o fazemos ou não. Nesse julgamento, ou receberemos o prêmio máximo ou o castigo máximo.

Ele quer nossa santidade. Por isso nos dá uma ordem: "Sede santos porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou Santo".

Deus sabe que somos egoístas e que sempre queremos o melhor para nós, por isso nos ensina a amar o próximo. É como se Deus dissesse: "Vocês têm um amor-próprio muito grande, são egoístas, egocêntricos, sempre buscam o melhor para si. Justamente por causa disso amem ao próximo como vocês amam a si mesmos!"

Se você quer ter casa para morar, a melhor roupa para vestir, queira isso para seu próximo. Se você quer e precisa de um trabalho honrado e um salário para sobreviver, se quer um prato de comida em casa, uma cama para dormir, agasalhos numa noite fria, queira isso também para seu próximo. Ame seu próprio como você ama a si mesmo.

O combatente precisa saber que somente Jesus deve ocupar o primeiro lugar em nossas vidas e não nós mesmos. Esse "amor" egoísta, que sempre põe em primeiro plano o amar a si mesmo, está totalmente errado diante do que disse o Senhor no primeiro mandamento:

"Escuta, Israel, o Senhor nosso Deus é o Senhor que é Um" (Dt 6,4).
A expressão "que é Um" quer dizer que não existe outro, somente Ele é o Senhor. Somente Ele é Deus. Ele é tudo. Por isso deve ter o primeiro lugar. Sempre. Em tudo.

Deus o abençoe!

terça-feira, 20 de outubro de 2009














A Paroquia De Jesus Bom Pastor realizou no último dia 18 de outubro o encontro de catequistas para encerrar as formações do ano, que contou com a presença de Rodrigo, da pastoral de juventude onde tivemos louvor, pregação, animação e tudo de bom
Agradecemos a todos da Paroquia que estiveram presente.

























A Paroquia De Jesus Bom Pastor realizou neste sabado o cerco de jérico com todas as crianças da comunidade onde elas cantaram,louvaram,agradeceram e pediram diante de Jesus Eucaristico
foi um momento muito proveitoso


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Esse e o jesus que nos adoramos e servimos
Jesus eucaristico




Um modelo de docilidade


Maria simples criatura escolhida como mestra do amor

A alegria e a emoção invadem o meu coração neste momento que escrevo sobre Maria, a mulher que abandonou-se inteiramente nas mãos do Criador.
A mestra do amor que gera o Mestre do amor, pois só quem ama e capaz de submeter-se ao amor e assumir todas as suas conseqüências.
Maria, uma mulher que teve a coragem de renunciar ao seu lindo plano de amor, que era casar-se com Jose, por causa de um Bem Maior: ser a Mãe do Salvador.
Muitas vezes em nossa vida, nos não conseguimos viver a vontade de Deus, porque temos dificuldades de fazer a troca de um Bem por um Bem Maior. Mas, quando amamos a Deus sobre todas as coisas, os nossos desejos e interesses são considerados mesquinhos e pequenos diante da grandeza, bondade, sabedoria e amor do Pai.
Maria fez da sua felicidade a realização do projeto de Deus. Nós também somente conquistamos a felicidade autêntica imitando-a na realização de uma total entrega a Deus. E todo aquele que ama Jesus prefere a vontade e os desejos do Pai.
Entre inúmeras virtudes de Maria, saliento a sua docilidade e obediência a Palavra de Deus, que capacitou Maria para gerar o próprio Deus. Os discípulos de Jesus são aqueles que acolhem a Palavra e permitem que as suas vidas sejam transformadas e conduzidas por ela. Jesus reconhece todas as pessoas que seguem o exemplo da sua mãe. “Felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11, 28). Se todos ouvissem a Deus como Maria, teríamos pessoas mais felizes e uma convivência humana bem mais fácil.
Maria, simples criatura de Deus, foi escolhida como modelo de abertura total à ação do Criador. Ele olhou para a humildade da Sua serva; e ela, apesar de uma escolha de destaque, continuou sendo simples e humilde. Torna-se verdadeira discípula e assume a missão de apresentar o filho de Deus para o mundo. Para entendermos a missão de Maria é preciso nos abrirmos ao projeto de Deus, que visa o bem humano, a nossa união, a convivência fraterna de todos, tendo em vista a conquista ao Premio Celeste: o Céu.
Toda a humanidade deveria reconhecer a escolha de Deus: Maria, a Mãe de Deus, como esta no evangelho de Lucas: “Todas as gerações me chamarão Bem-Aventurada” (Lc 1, ) . Ela deseja que todos os seus filhos brasileiros a acolham como a anfitriã do nosso Pais, a nossa mãe. O mundo atual tem levado as pessoas a serem egoístas e competitivas, mas nos brasileiros não podemos deixar que esta maneira de ser nos contagie, porque somos um povo que acolhe o estrangeiro e tem gestos de amor para com o outro.
Neste dia da Virgem Aparecida, a Rainha e Padroeira do Brasil, vamos pedir ao Pai que Ele una os nossos corações, para que cada vez mais possamos nos render ao amor daquela que e a mestra do amor e que gerou o Mestre do Amor. O amor não divide, o amor se multiplica. Aprendamos com ela a amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a nos mesmos. Se você ainda não se relaciona com Maria como uma mãe, comece hoje a dar os primeiros passos, e deixe que ela entre em sua casa, em seu coração e seja a sua educadora e mestra, a sua amiga, conselheira, consoladora, auxilio e companheira rumo ao Céu!
Deus não poderia escolher outra pessoa; Ele quis você!


Eleitos que crêem no amor

São Paulo diz que foi como que crucificado com Cristo na cruz. Mas como a pessoa pode ter coragem de dizer isso? É a experiência do amor de Deus e a fé.
Muitos de nós já fizemos uma experiência do amor de Deus. Mas o problema é que a experiência do batismo no Espírito Santo é algo muito bom, mas que evapora. Isso quer dizer que tudo aquilo que é sentimento ou experiência humana é passageiro. Os sentimentos são efêmeros, não permanecem. Mas a fé no amor de Deus deve permanecer para sempre. Eu preciso crer nisso: Ele me amou. É preciso fazer uma distinção entre sentir o amor de Deus e crer no amor de Deus. No início fazemos uma experiência, mas depois Deus tira a "mamadeira". Ele quer que cresçamos espiritualmente. Começamos então a caminhar na fé, sem sentir a presença de Deus.
Fé, portanto, é acreditar naquilo que não se vê. Assim nós temos que crer no amor de Deus. Sim, você pode ter experimentado o amor de Deus, mas também quando a experiência humana for embora, você pode duvidar. Por isso é preciso crer concretamente no amor de Deus.
Deus poderia ter escolhido pessoas melhores do que nós, mas Ele não quis. Vou fazer uma comparação: imagine Deus entrando numa loja bem sofisticada, de vasos preciosos e olhando vaso por vaso: um vaso de ouro, com brilhantes, de porcelana, da China, outro de prata e marfim, de milhões de dólares. Ele, porém, não escolhe nenhum desses vasos. Ao contrário, atravessa a loja, desce até o porão e vai ao banheiro dos empregados e pega um penico, um penico velho, enferrujado, sujo, com moscas ao redor. Esse penico sou eu, é você.
Deus nos escolheu, Deus nos quis. Poderia ter escolhido coisa muito melhor. "Esse penico? E o vaso de marfim, o de ouro?" E Ele diz: "Mas eu não amei nenhum desses vasos preciosos, eu amei você, eu te escolhi." É a eleição de Deus. Ele nos escolheu e colocou um tesouro dentro desse "penico sujo", o tesouro do seu amor. Mas nós não aceitamos isso, porque queremos ser amados por nossos méritos. Só aceitamos ser amados se realmente valemos a pena. Parece humilhante sermos amados no meio das nossas misérias, mas Ele nos ama assim mesmo. Ele não espera a nossa conversão para nos amar.
Essa experiência de ser amado quando eu não mereço, é a verdadeira experiência do amor de Deus.
Preciso crer que Deus fez bem em me querer, me escolher. Eu não teria me escolhido, mas eu preciso crer que fui a melhor escolha.
Às vezes achamos que São Paulo era um super pregador. Mas não é isso que ele mesmo diz. Na segunda carta aos Coríntios ele diz que não sabe pregar. Nos Atos dos Apóstolos, um rapaz estava ouvindo sua pregação, cochilou, caiu da janela e morreu. São Paulo então rezou e ressuscitou o menino. Mas Paulo foi um grande pregador porque pregava com a vida, com sua entrega, com seu desprendimento em viver a Palavra de Deus. Ele passou por flagelações, apedrejamentos, naufrágios, vários perigos, ficou dias em alto mar. O que levava esse homem a atravessar o mundo? O amor de Deus que o impulsionava.
Deus nos ama e a experiência extraordinária de sermos amados por Deus é que permite que nós nos demos de presente aos outros. Pare de andar nessa vida cobrando amor dos outros. Você não precisa do amor de ninguém, você já é amado. "Ah, mas eu não sinto!" Simplesmente creia! Quando somos seguros de que valemos a pena, sabemos que não seremos trocados por ninguém. Sei que sou um presente. Isso muda completamente a vida familiar. Deixamos de ficar cobrando uns aos outros. Nossa vida familiar às vezes vira um inferno porque ficamos recriminando uns aos outros, colocamos a culpa uns nos outros porque não nos sentimos amados. O amor precisa ser crido e não sentido. Se não, duvidamos até do amor da nossa mãe por nós.
É preciso crer no amor. Se você não crê no amor de Deus, também não vai crer na entrega d'Ele na cruz.
Peçamos ao Senhor que venha confirmar a fé que temos no seu amor. A fé é uma virtude. É preciso repetir o ato de fé até que se torne um hábito. É preciso crer no amor de Deus.
Pense nas razões pelas quais você escolheria ser outra pessoa, viver outra vida e diga: "Senhor eu creio, mas aumentai a minha fé. Senhor, eu olho para mim e não entendo porque vós me escolhestes. No entanto, Senhor, eu creio. Fizestes bem em me querer, em me escolher. Foi bom que me chamastes para caminhar nesta vida, na fé do vosso amor. Não vejo, não sinto, mas eu creio nesse amor. É um ato de vontade unido à vossa graça. Amém ao amor de Cristo que me alcançou no meio dos meus pecados, da minha miséria. Sei que me chamastes para uma vida ao vosso lado no céu. Eis-me aqui Senhor."
Santa Teresa de Ávila (Santa Teresa de Jesus)


15 de Outubro

Com grande alegria lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada "Doutora da Igreja": Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus).Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais. Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila, onde viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico. Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo. Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Provocou com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar novas casas.Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa.O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: "Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer". No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro.Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!
Mesmo quando você está afastado, Jesus te ama!

Jesus é a única porta de salvação, em nenhum outro há salvação, a não ser Nele, não é radicalismo é a única verdade. Só existe uma porta e é por ela que nós temos que entrar, a salvação está unicamente em Jesus, é através de Jesus que nós precisamos entrar, não há outra salvação a não ser Jesus, e glória a Deus porque nós estamos entendendo assim. Portanto irmão, deixe-se atrair por Jesus o Pastor, esteja você em que situação estiver. Se você andava longe, afastado, rebelde, Jesus agora está chamando você e se você era muito rebelde Ele o ama muito, se você estava muito longe Ele o ama muito, se você estava muito afastado Jesus o ama muito, mesmo porque você agora se afastou e está agora ferido machucado Jesus o ama muito, e quando você se entregar a Ele, Ele vai cuidar das suas feridas e das suas machucaduras. Se você tornou-se sujo pelos caminhos da vida não espere ficar limpo para vir até Jesus, não espere ficar curado para depois vir a Jesus, você precisa vir como você está, que Jesus o Bom Pastor vai limpar você, Jesus o bom pastor vai curar você, você vai a Jesus como você está, mesmo que você esteja sujo vai a Jesus dessa forma e o restante Ele mesmo fará.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Frases de São Francisco de Assis

Ao servo de Deus nada deve desagradar senão o pecado...

"E se por esse motivo tiver de suportar perseguições da parte de alguém, que então o ame ainda mais por amor de Deus."
"Ao servo de Deus nada deve desagradar senão o pecado." "Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, em breve estarás fazendo o impossível."
"Onde a pobreza se une à alegria, não há cobiça nem avareza."
"Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã a Morte corporal, da qual homem algum pode escapar. Ai dos que morrerem em pecado mortal! Felizes os que ela achar conformes à tua santíssima vontade, porque a morte segunda não lhes fará mal!" (O cântico do Irmão Sol)
"E depois que o Senhor me deu irmãos ninguém me mostrou o que eu deveria fazer, mas o Altíssimo mesmo me revelou que eu devia viver segundo a forma do santo Evangelho." (Testamento de São Francisco - 1226)
"E o Senhor me deu e ainda me dá tanta fé nos sacerdotes que vivem segundo a forma da santa Igreja Romana, por causa de suas ordens, que, mesmo que me perseguissem, quero recorrer a eles. E hei de respeitar, amar e honrar a eles e a todos os outros como a meus senhores." (Testamento de São Francisco - 1226)
"E como apareceu aos santos apóstolos em verdadeira carne, também a nós e do mesmo modo que eles, enxergando sua carne, não viam senão sua carne, contemplando-o contudo com seus olhos espirituais creram nele como no seu Senhor e Deus (cf. Jo 20,28), assim também nós, vendo o pão e o vinho com os nossos olhos corporais, olhemos e creiamos firmemente que Ele está presente."

segunda-feira, 12 de outubro de 2009





“Eu e minha casa serviremos o Senhor.” Js 24,15Esta foi à resposta que Josué deu ao seu povo, por perceber que as tribos de Israel se dispersavam. Estas famílias que sempre foram alimentadas pelos favores de Deus, agora estavam afastando seus corações da verdade e ajuntando falsos deuses para si. Js 24,23E olhando hoje nossas famílias e fazendo uma auto-análise sincera de como temos agido com os nossos, nos perguntamos por onde temos levado aqueles que nos foram confiados .A quem minha casa tem servido? Quem minha família tem reconhecido como senhor?Vivendo em um mundo de imediatismos, de soluções fáceis, de felicidade comprada, de satisfação em objetos e pessoas, corremos também o risco de ajuntar deuses, falsos ídolos para nós.Ao acompanhar uma senhora fiquei muito triste quando ela me fez a seguinte pergunta: “Eu poderia comprar a Hóstia e levar para o meu filho em casa?”Eu entendi o desejo de dar o melhor ao filho, entendi uma ação desesperada de levar a solução para o filho. Mas Jesus Cristo não é, e nunca será comprado.Na praticidade das coisas e acostumada a comprar soluções, aquela mulher foi impulsionada, mas uma vez a uma solução rápida e fácil, comprar Jesus Eucarístico e pronto resolver seu problema, que naquela circunstância era o filho.Não somos masoquistas e não queremos sair por ai dando chibatadas em nós, e buscando formas de sofrimento. Pelo contrário precisamos ser maduros suficientes para suportar na medida, o sofrimento quando ele bater em nossa porta. E lhes digo uma coisa, isso acontece com todos mais ou menos, todos passamos pelo processo da dor.Hoje vemos tantas igrejas explodindo por ai, onde antes eram um bar, ou uma maquina de arroz ou ainda um centro comercial hoje é uma igreja, estas pregam um Jesus que não passou na Cruz, um Jesus do dinheiro do poder, da fama do sucesso, um Jesus que não tem dor nele e nem nos que o seguem. São banidas de suas bíblias citações com estas:“Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedora. Lc 2 ,12”“Não podeis servir a Deus e à riquesa. Mt 6, 24”“As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça. Mt 8, 20”E então nos afastamos da verdade e nos apegamos às fábulas, contamos com nossas capacidades, nossos diplomas, nossas contas bancárias, nossa influência e com tudo que temos e somos vamos ao encontro das curas, das soluções da felicidade.Assim já não sobra mais tempo para Jesus, nossa casa, nossos filhos, nossas famílias vão se afastando da verdade e mergulhando em um mundo materialista onde “preenche” nosso exterior e nos faz assemelhar a balões andando pelas ruas.Talvez hoje estas palavras façam você refletir um pouco, olhar com sinceridade para tua família e ver a quem tua casa tem servido, onde vocês têm investido suas vidas, seus valores. Quanto tempo você tem para fazer o bem, o que tens plantado hoje.Eu e minha casa serviremos o Senhor. E a sua?

“Precisamos de Santos sem véu ou batina.Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se “lascam” na faculdade.Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças socias.Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos”.

Nossa Senhora da Aparecida

1. Conhecendo a nossa cultura
No ano de 2000 o povo brasileiro celebrou um grande acontecimento histórico: os seus primeiros 500 anos de existência. Este fato marcou a entrada do Brasil no novo milênio e levou muitos a fazerem a seguinte pergunta: hoje, passados estes cinco séculos, qual é a nossa identidade cultural? Quais são as nossas raízes? O que é "ser brasileiro"? Que coisa me faz "ser brasileiro" ? Quantas vezes não escutamos falar que o Brasil é o "País do Futebol"; o "País do samba e da alegria"; "O País do Carnaval"; ou que o brasileiro é o "rei do jeitinho", ou até mesmo que "Deus é brasileiro"?
Isso é o que a gente mais ou menos escuta falar por aí, não é mesmo? Mas, por de trás destas frases tão populares, esconde-se um problema fundamental para nós brasileiros: conhecer, valorizar e transmitir a nossa mais autêntica identidade cultural. E como podemos fazer isso? O primeiro passo é, justamente, conhecê-la.
De uma maneira bem generalizada, poderíamos dizer que somos brasileiros porque compartimos uma mesma geografia eu por que nascemos em uma mesma "nação" que é reconhecida internacionalmente com o nome de "Brasil" e que possui o seu espaço político e econômico próprio; uma autonomia própria.
Ao mesmo tempo, aprofundando um pouco mais no assunto, percebemos que nem tudo é pura uniformidade, mas que convivemos também com uma enorme diversidade. São muitos os que afirmam que o Brasil é um "País de contrastes". E não deixam de ter, desde um certo ponto de vista, razão. Um nordestino é diferente de um cidadão do sudeste, ou do sul; um baiano é diferente de um mineiro; um curitibano é diferente de um paraense e um capixaba é diferente de um potiguar. Isso sem falar nas diferenças étnicas, como entre os negros, os brancos e os índios, ou mais ainda no caso dos descendentes de imigrantes de distintos lugares do mundo.
Por tudo isso, parece que a melhor expressão para qualificar essa nossa realidade aparentemente tão ambígua, entre unidade e pluralidade, seja a mencionada pelo Papa João Paulo II quando nos visitou pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro, em 1980, e também compartida por muitas personalidades brasileiras, como, por exemplo, Alceu Amoroso Lima. Eles afirmam que o Brasil é uma "unidade na pluralidade". Somos um vasto território, que ao longo de sua história, soube reunir em si as diferenças para conformar uma enorme "unidade" que não se caracteriza pela mera "uniformidade", mas pela "pluralidade". Temos assim uma categoria muito interessante para compreender um pouco mais a nossa identidade cultural.
Chegando até aqui, é necessário que façamos uma pergunta: Se é verdade que somos essa "unidade na pluralidade" que fator, ou que fatores são os responsáveis por manter essa realidade estável e ao mesmo tempo dinâmica de nossa cultura? Resumindo, quais são os elementos constitutivos essenciais desta nossa "unidade na pluralidade"?
O primeiro fator constitutivo poderíamos encontrar na língua comum. A língua portuguesa é, sem sombra de dúvidas, um desses fatores essenciais, sem os quais não poderia haver unidade. Ainda que haja inúmeras diferenças, manifestadas inclusive no "sotaque", falamos todos uma mesma língua e por isso podemos viver uma real unidade.
O segundo fator importante - claro que há muitos outros, mas por brevidade mencionaremos os mais elementares - é a consciência de uma história comum. Nos identificamos como brasileiros e nos distinguimos das demais nações por que somos uma cultura com realidade histórica. Isso é tão importante que um povo, nação ou civilização que não tenha memória histórica, corre o risco não só de ver-se desunida e sem passado, como também sem identidade.
O terceiro elemento importante - e na opinião de muitos historiadores, o mais essencial de uma cultura - é a religião. É como a "alma" de um povo. Aí estão inscritos os seus valores, o sentido da vida e a orientação última de todo o seu desenvolvimento e progresso. E no nosso país quem cumpre esse papel preponderante, e disso a história é testemunha absoluta, é a fé católica.
A fé católica, semeada desde o nosso nascimento com o encontro entre índios e portugueses aos pés da Santa Cruz, foi se propagando e dando uma real coesão à nossa cultura. Frente às muitas diferenças, frente aos problemas e dificuldades de relações entre nativos, portugueses e negros, entre muitos outros fatores, a presença da fé católica garantiu, e segue garantindo, que exista essa realidade de "unidade na pluralidade".
Um exemplo claro desse papel sintetizador, conciliador e unitivo da fé católica na formação de nossa cultura se percebe na história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Padroeira nacional.

2. Uma cultura fundad na fé e na piedade mariana
As primeiras décadas do século XVIII no Brasil não foram nada fáceis. O declínio do açúcar nordestino, a aparição de uma nova corrida aurífera no sudeste, especialmente em Minas Gerais, a concorrência de muitos "senhores" pelo monopólio da nova região do ouro, os conflitos entre negros e colonos portugueses, entre índios e os chamados "bandeirantes", bem como a grande distância do território nacional e as dificuldades nas comunicações, marcavam um panorama de tensão e de grande preocupação pelo futuro da nação, que ainda estava em formação.
E foi assim que em 1716, um novo governador da província de São Paulo e Minas de Ouro havia sido escolhido, D. Pedro de Almeida e Portugal, conhecido como o "Conde de Assumar". Vinha direto de Portugal com a difícil missão de apaziguar os conflitos na região mineira. Chega em São Paulo em 1717 e vai direto para Minas. Durante a sua viagem, chega no domingo 17 de outubro na vila de Guaratinguetá, após ter percorrido mais ou menos um terço do caminho, para descansar. A cidade recebe-o com grande festa. Passou na cidade 13 dias, sob os atenciosos cuidados do governador da Vila, o Capitão-mor Domingos Antunes Fialho.
Para a alimentação da grande comitiva que acompanhava ao Conde de Assumar, o Senado da Câmara mandou que alguns pescadores fossem conseguir peixes, já que a cidade estava rodeada pelo Rio Paraíba do Sul. E assim aconteceu que...
"Entre muitos, foram a pescar Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso com suas canoas. E principiando a lançar as suas redes no Porto de José Corrêa Leite, continuaram até o Porto de Itaguassu, distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste porto, João Alves a sua rede de rastro, tirou o corpo da Senhora, sem cabeça; lançando mais abaixo outra vez a rede tirou a cabeça da mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse. Guardou o inventor esta imagem em um tal ou qual pano, e continuando a pescaria, não tendo até então tomado peixe algum, dali por diante foi tão copiosa a pescaria em poucos lanços, que receoso, e os companheiros, de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, se retiraram a suas vivendas, admirados deste sucesso" .
Havia ocorrido um milagre! Inexplicável como pode ser que em três lançadas de rede ao rio, se retirasse, continuamente, um corpo, logo sua cabeça, e mais tarde uma incrível quantidade de peixes. Felipe Pedroso, profundamente católico e tocado pela experiência, viu e creu. Foi intercessão da Virgem Maria, Mãe de Deus! Levou, então, a pequena imagem para a sua própria casa e poucos dias depois começou a organizar orações, sobretudo a reza constante do terço. Novos milagres foram acontecendo e a piedade foi aumentado incrivelmente. Já em 1748, pelo testemunho de alguns padres jesuítas que aí foram visitar, "eram muitos os que aí se reuniam para pedir ajuda e proteção à Senhora que eles chamam, piedosamente, de a "Aparecida"".
A própria imagem de Nossa Senhora Aparecida resume em si, todas as qualidades de síntese cultural, de conciliação e da unidade da qual estamos falando. E sem dúvida, sua "aparição" foi uma clara resposta, desde a fé, a todo esse difícil contexto político-social que atravessava a Colônia no início do s. XVIII.
Olhemos para a imagem. Nela se encontram o português (a imagem é uma réplica da Padroeira de Portugal e do Brasil, Nossa Senhora da Conceição, que desde 1646 fazia parte da devoção de D. João IV e de toda as suas colônias); o brasileiro (a imagem foi feita, segundo estudos, com "terracota", barro paulista característico da região encontrada); o índio (a imagem foi encontrada no rio indígena "Para`iwa", passo entre Minas, Rio e São Paulo, hoje, Rio Paraíba do Sul); e o negro (a imagem possui uma cor castanho escuro, tendendo ao negro).
E assim se espalhou a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, hoje, Padroeira do Brasil, cujo Santuário, na cidade de Aparecida do Norte reúne milhares de fiéis, de distintos lugares e etnias, em um bela manifestação de nossas raízes culturais, de nossa "unidade na pluralidade" mantida e fortalecida pela fé. A História de Nossa Senhora Aparecida nos ajuda, portanto, a entender esse papel tão importante da fé católica na configuração de nossa identidade cultural. Somos um país com vocação católica!
Peçamos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a "mãe amável, a mãe querida" do nosso Brasil que interceda por cada um de nós e pelo nosso povo para que, seguindo os seus passos, possamos ir ao encontro daquele que nos espera de "braços abertos", o Cristo Redentor, o Filho de Maria.
Feliz dia de Nossa Senhora Aparecida !

Ser Católico de Convicção.

De freqüente ouvimos pessoas dizer que é católico, que nasceram e cresceram dentro dos ensinamentos, que a avó era católica, seus pais eram católicos e tais pessoas também são católicos porque é uma tradição de sua família.
Assim por tradição foi batizado, fez primeira Comunhão, por tradição foi Crismado e por tradição se casou na Igreja.
Me lembro de uma pessoa relatar para mim, que dois irmãos sempre participaram da Igreja Católica, pois a família toda, era Católica por tradição.
E quando estas crianças foram crescendo, se embreando pelo mundo afora e como não tinham convicção, foram sendo levados pelos falsos valores, que os levou a dor e a separação. Um foi assassinado por alguns Mil, dinheiro de dívida de tráfico, o outro foi preso, e quando saiu da cadeia aderiu a uma destas novas expressões de igrejas pentecostais.
Pois bem, quando chegou às dificuldades a tradição não sustentou, o barco virou.
Só podemos amar aquilo que conhecemos, e só podemos conhecer se nos dispusermos para tal.
Assim deixo-lhes um incentivo:Modifiquemos nossa fé, não simplesmente por uma tradição familiar, mas assumamos por uma convicção provada no “conhecer, amar e servir”.
Não vá mais a Santa Missa, por imposição de uma tradição, mas por uma convicção de amor.
Por que o Amor lá te espera.