sábado, 28 de novembro de 2009

Sete Faces do Amor

Nosso sucesso está em amar os outrosA+A-Estas reflexões estão fundamentadas em G. Chapman, no livro “O Amor como Estilo de Vida”. Ser amado, deixar-se amar, crer no Amor de Deus constituem a alegria de viver. Só os amados mudam. O amor é uma força transformadora e propulsora. Nosso sucesso está em amar os outros. O amor não é só uma emoção, mas, decisão, atitude, ação. Portanto, decidimos amar, escolhemos amar, optamos por amar. É preciso esforço para sermos pessoas capazes de amar.


Eis as sete faces do amor:


1. A gentileza. É a alegria de ajudar os outros, ou ainda, é reconhecer e acolher com afeto as necessidades dos demais. A gentileza transforma encontros em relacionamentos. A pessoa gentil quer servir o próximo porque o valoriza e o respeita como pessoa. Gentileza é gesto de amor altruísta e por isso transforma as pessoas. As palavras gentis têm grande poder de cativar e até de curar porque expressam reconhecimento, respeito, atenção pelo outro, são palavras construtivas, cativantes, salvadoras. A gentileza faz bem para nós e para os outros, causa-nos alegria e dá importância aos outros.


Gentileza é cortesia, generosidade, respeito, amabilidade. Os gestos mais comuns da gentileza são: agradecer, ajudar, saudar, informar, sorrir, atender, elogiar, pedir desculpas.


2. A paciência. Consiste em compreender e aceitar as imperfeições dos outros. É permitir a alguém ser imperfeito. É entender o que se passa dentro do outro, acolher seus sentimentos e os motivos de suas atitudes. Paciência não é concordar, é compreender; não julgar e não condenar. Nossa paciência permite ao outro crescer, mudar, ter nova chance para melhorar.


Quem tem consciência das próprias imperfeições e cultiva um espírito positivo, tem condições de ser paciente. A humildade nos torna pessoas dotadas de paciência, porque saímos de nós mesmos, sofremos com a situação dos outros e os acolhemos.


3. O perdão. Perdoar não é fácil, mas é atitude sábia e saudável. Quem perdoa oferece ao ofensor a chance de ele melhorar. O perdão nos livra de doenças, insônias, vinganças, ódios, que são sentimentos destrutivos, e possibilita a convivência, a saúde e a felicidade. Perdoar é reencontrar a alegria, a paz interior e social. Perdoar é ter amor de mãe, amor sem medidas, amor de misericórdia que reata amizades e relacionamentos. Quem perdoa faz bem a si mesmo, compreende as limitações alheias e constrói a reconciliação e a paz social.


4. A cortesia. Significa tratar os outros como amigos porque toda pessoa é digna, original, única, valiosa. A cortesia no trânsito, no ônibus, nas filas, no relacionamento com os vizinhos, no dedicar tempo aos outros, no receber bem os que chegam, no saber agradecer, prestrar atenção, pedir desculpas, são inestimáveis gestos de amor. No cotidiano podemos praticar a cortesia por meio de uma conversa; pedir licença, ajudar idosos ou alguém em dificuldades, aceitar as incompreensões dos outros.


5. A humildade. É saber reconhecer os próprios valores e imperfeições e acolher os valores e fraquezas dos demais. Humildade é autenticidade, verdade e realismo. A palavra "humildade" vem de "húmus" (barro, terra), que é a raiz da palavra “homem”. Somos todos de barro. A humildade está nessa igualdade de dignidade, na irmandade que formamos a partir do barro, do pó e até da lama. Aceitar a ajuda dos outros, reconhecer os erros, afirmar os valores dos outros, alegrar-se com o sucesso de nossos próximos e de seu bem-estar, tudo isso é humildade.


6. A generosidade. Define-se pela doação aos outros, é o amor que se doa, que sabe servir, dedicar tempo aos demais, ter a coragem do desapego de si e das coisas para partilhar. A generosidade é gêmea da solidariedade, da dádiva, do dom. "Há mais alegria em se doar que em receber", ensina a Palavra de Deus. A pessoa generosa é capaz de renúncias e de sacrifícios pelo bem alheio.


7. A honestidade. É dizer a verdade com amor, não inventar desculpas para justificar os próprios erros, falar os próprios sentimentos e emoções, aceitar as limitações pessoais, como também os dons, as qualidades, os sucessos. A integridade da pessoa honesta está na veracidade das palavras, na transparência das atitudes, no compromisso com a verdade.



Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina - PR

Dom Bosco chega a São Paulo através de sua "herança"




SalesianosFiéis veneram a relíquia durante peregrinação da urna na região sul, onde fica até a próxima quarta-feira, 2. Faltam apenas quatro dias para a chegada da urna com as relíquias de Dom Bosco às cidades que formam a Inspetoria Salesiana de São Paulo. E neste evento especial, o coordenador da peregrinação na Inspetoria, padre Antonio Ramos do Prado, o padre “Toninho”, destaca que embora o santo desejasse vir ao Brasil, mas não conseguiu pela saúde debilitada, ele estará “em espírito e através da herança que deixou - as suas relíquias”.

“Dom Bosco sonhou com os salesianos no Brasil”, recorda ainda o sacerdote salesiano, ao ressaltar a missão da Congregação no país em seguir os passos do fundador. “A peregrinação é um momento muito especial e nos faz retornar a Dom Bosco e olhar com os seus olhos a atual realidade da juventude, em resposta também ao Documento de Aparecida, que nos convida a sermos discípulos e missionários para a juventude”, completa.

Padre Toninho comenta que os preparativos para a peregrinação em São Paulo estão intensos. A urna sairá de Porto Alegre (RS), na próxima terça-feira, 2, às 6h, com chegada prevista, na capital paulista, às 23h do mesmo dia. Entre as atividades na cidade de São Paulo, estão programadas Missas, visitação pública às relíquias, confissões, vigílias de oração e apresentações musicais, que vão acontecer no Colégio Santa Teresinha, Liceu Coração de Jesus e Instituto Dom Bosco, nos dias 3 e 4 dezembro.

O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, também é presença confirmada nas celebrações. No dia 4, ele vai celebrar a Santa Missa na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro do Bom Retiro. “O cardeal convocou toda a arquidiocese para a celebração, dando enfoque ao Ano Sacerdotal e colocando Dom Bosco como exemplo de sacerdote santo”, explica o coordenador da peregrinação.

A comunidade salesiana de São José dos Campos (RS) também viverá outro momento especial durante a peregrinação: a Missa de Ordenação diaconal de 12 seminaristas, no dia 5 de dezembro, às 16h, na Paróquia Sagrada Família.

“Estamos nesse momento muito importante para o Brasil e para a família salesiana. Agora estamos nos detalhes finais para receber as relíquias. Dom Bosco é nosso modelo

Ao falar de sua expectativa para a chegada da urna, padre Toninho diz que este é um momento “muito forte” para ele por receber as relíquias daquele que é o seu exemplo de vida: “Dom Bosco é modelo para nós da família salesiana e para aqueles que trabalham com a juventude. Por isso, me encantei com ele e quis ser padre salesiano”.

terça-feira, 17 de novembro de 2009



MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA A XXIV JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
(5 DE ABRIL DE 2009)
"Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1 Tm 4, 10)


Queridos amigos!

Celebraremos no próximo Domingo de Ramos, a nível diocesano, a xxiv Jornada Mundial da Juventude. Enquanto nos preparamos para esta celebração anual, penso de novo com profunda gratidão ao Senhor no encontro que se realizou em Sidney, em Julho do ano passado: encontro inesquecível, durante o qual o Espírito Santo renovou a vida de numerosíssimos jovens que se reuniram de todo o mundo. A alegria da festa e o entusiasmo espiritual, experimentados durante aqueles dias, foram um sinal eloquente da presença do Espírito de Cristo. E agora estamos encaminhados para o encontro internacional em programa para Madrid em 2011, que terá como tema as palavras do Apóstolo Paulo: "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (cf. Cl 2, 7). Em vista deste encontro mundial dos jovens, queremos realizar juntos um percurso formativo, reflectindo em 2009 sobre a afirmação de São Paulo: "Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1 Tm 4, 10), e em 2010 sobre a pergunta do jovem rico a Jesus: "Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?" (Mc 10, 17).

A juventude tempo da esperança

Em Sidney, a nossa atenção concentrou-se sobre o que o Espírito Santo diz hoje aos crentes, e em particular a vós, queridos jovens. Durante a Santa Missa conclusiva, exortei-vos a deixar-vos plasmar por Ele para serdes mensageiros do amor divino, capazes de construir um futuro de esperança para toda a humanidade. A questão da esperança está, na realidade, no centro da nossa vida de seres humanos e da nossa missão de cristãos, sobretudo na época contemporânea. Todos sentimos a necessidade da esperança, não de uma esperança qualquer, mas sim de uma ersperança firme e de confiança, como eu quis ressaltar na Encíclica Spe salvi. Em particular, a juventude é tempo de esperanças, porque olha para o futuro com várias expectativas. Quando se é jovem alimentam-se ideais, sonhos e projectos; a juventude é o tempo no qual amadurecem opções decisivas para o resto da vida. E talvez também por isto é a estação da existência na qual emergem com vigor as perguntas fundamentais: por que estou na terra? Qual é o sentido do viver? Que será da minha vida? E ainda: como alcançar a felicidade? Por que o sofrimento, a doença e a morte? O que existe depois da morte? Perguntas que se tornam insuportáveis quando nos devemos confrontar com obstáculos que por vezes parecem insuperáveis: dificuldades nos estudos, falta de trabalho, incompreensões na família, crises nas relações de amizade ou na construção de um entendimento conjugal, doenças ou deficiências, carência de recursos adequados como consequência da actual difundida crise económica e social. Então perguntamos: de onde haurir e como manter viva no coração a chama da esperança?

Na raiz da "grande esperança"

A experiência demonstra que as qualidades pessoais e os bens materiais não são suficientes para garantir a esperança da qual o coração humano está em busca constante. Como escrevi na citada Encíclica Spe salvi, a política, a ciência, a técnica, a economia e qualquer outro recurso material sozinhos não são suficientes para oferecer a grande esperança que todos desejamos. Esta esperança "só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir" (n. 31). Eis por que uma das consequências principais do esquecimento de Deus é a evidente desorientação que marca as nossas sociedades, com consequências de solidão e violência, de insatisfação e perda de confiança que não raro terminam no desespero. É clara e forte a chamada que nos vem da Palavra de Deus: "Maldito o homem que confia noutro, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor. Assemelha-se ao cardo do deserto, que, mesmo que lhe venha algum bem, não o sente" (Jr 17, 5-6).

A crise de esperança atinge mais facilmente as novas gerações que, em contextos socioculturais privados de certezas, de valores e de sólidos pontos de referência, encontram-se a enfrentar dificuldades que são maiores do que as suas forças. Penso, queridos amigos, em tantos coetâneos vossos, feridos pela vida, condicionados por uma imaturidade pessoal que muitas vezes é consequência de um vazio familiar, de opções educativas permissivas e libertárias e de experiências negativas e traumáticas. Para alguns e infelizmente não são poucos a saída quase obrigatória é uma fuga alienante com comportamentos de risco e violentos, na dependência de drogas e álcool, e em muitas outras formas de mal-estar juvenil. Contudo, também em quem se vem a encontrar em condições difíceis por ter seguido conselhos de "maus mestres", não se apaga o desejo de amor verdadeiro e de autêntica felicidade. Mas como anunciar a esperança a estes jovens? Nós sabemos que só em Deus o ser humano encontra a sua verdadeira realização. O compromisso primário que interpela todos é portanto o de uma nova evangelização, que ajude as novas gerações a redescobrir o rosto autêntico de Deus, que é Amor. A vós, queridos jovens, que estais em busca de uma esperança firme, dirijo as mesmas palavras que São Paulo dirigia aos cristãos perseguidos na Roma de então: "Que o Deus da esperança vos encha plenamente de alegria e de paz na vossa crença, para que abundeis na esperança pela virtude do Espírito Santo" (Rm 15, 13). Durante este ano jubilar dedicado ao Apóstolo das Nações, por ocasião do bimilénio do seu nascimento, aprendamos dele a tornar-nos testemunhas credíveis da esperança cristã.

São Paulo testemunha da esperança

Encontrando-se imerso em dificuldades e provações de vários tipos, Paulo escrevia ao seu fiel discípulo: "Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1Tm 4, 10). Como tinha nascido nele esta esperança? Para responder a esta pergunta devemos partir do seu encontro com Jesus ressuscitado no caminho de Damasco. Nessa época Saulo era um jovem como vós, com cerca de vinte ou vinte e cinco anos, seguidor da Lei de Moisés e decidido a combater com todos os meios quantos ele considerava inimigos de Deus (cf. Act 9, 1). Quando estava a caminho de Damasco para prender os seguidores de Cristo, foi envolvido por uma luz misteriosa e ouviu chamar pelo nome: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Caindo por terra, perguntou: "Quem és Tu, Senhor?". E aquela voz respondeu: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues!" (cf. Act 9, 3-5). Depois daquele encontro, a vida de Paulo mudou radicalmente: recebeu o Baptismo e tornou-se apóstolo do Evangelho. No caminho de Damasco, ele foi interiormente transformado pelo Amor divino que encontrou na pessoa de Jesus Cristo. Um dia escreverá: "A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim" (Gl 2, 20). De perseguidor, tornou-se portanto testemunha e missionário: fundou comunidades cristãs na Ásia Menor e na Grécia, percorrendo milhares de quilómetros e enfrentando toda a espécie de peripécias, até ao martírio em Roma. Tudo por amor a Cristo.

A grande esperança está em Cristo

Para Paulo a esperança não é só um ideal ou um sentimento, mas uma pessoa viva: Jesus Cristo, Filho de Deus. Persuadido intimamente desta certeza, poderá escrever a Timóteo: "Pusemos a nossa esperança em Deus vivo" (1Tm 4, 10). O "Deus vivo" é Cristo ressuscitado e presente no mundo. É Ele a verdadeira esperança: Cristo que vive connosco e em nós e que nos chama a participar na sua própria vida eterna. Se não estamos sozinhos, se Ele está connosco, aliás, se é Ele o nosso presente e o nosso futuro, por que temer? A esperança do cristão é portanto desejar "o Reino dos céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo toda a confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo" (Catecismo da Igreja Católica, 1817).

O caminho rumo à grande esperança

Assim como um dia encontrou o jovem Paulo, Jesus deseja encontrar também cada um de vós, queridos jovens. Sim, antes de ser um nosso desejo, este encontro é um desejo profundo de Cristo. Mas alguns de vós poderiam perguntar: como posso eu, hoje, encontrá-l'O? Ou também, de que modo Ele se aproxima de mim? A Igreja ensina que o desejo de encontrar o Senhor já é fruto da sua graça? Quando na oração expressamos a nossa fé, também na obscuridade já O encontramos porque Ele se oferece a nós. A oração perseverante abre o coração para O acolher, como explica Santo Agostinho: "O Senhor nosso Deus quer que nas orações se exercite o nosso desejo, de modo que nos tornemos capazes de receber o que Ele pretende dar-nos" (Cartas 130, 8, 17). A oração é dom do Espírito, que nos torna homens e mulheres de esperança, e rezar mantém o mundo aberto a Deus (cf. Enc. Spe salvi, 34).

Dai espaço à oração na vossa vida! Rezar sozinho é bom, mas ainda melhor e mais proveitoso é rezar juntos, porque o Senhor garantiu que está presente onde estiverem dois ou três reunidos no seu nome (cf. Mt 18, 20). Existem muitas formas de se familiarizar com Ele; existem experiências, grupos e movimentos, encontros e itinerários para aprender assim a rezar e a crescer na experiência da fé. Participai na liturgia nas vossas paróquias e alimentai-vos abundantemente da Palavra de Deus e da participação activa nos Sacramentos. Como sabeis, ápice e centro da existência e da missão de cada crente e comunidade cristã é a Eucaristia, sacramento de salvação na qual Cristo se faz presente e doa como alimento espiritual o seu próprio Corpo e Sangue para a vida eterna. Mistério deveras inefável! Em volta da Eucaristia nasce e cresce a Igreja, a grande família dos cristãos, na qual se entra com o Baptismo e nos renovamos constantemente graças ao sacramento da Reconciliação. Depois, os baptizados, mediante a Crisma, são confirmados pelo Espírito Santo para viver como autênticos amigos e testemunhas de Cristo, enquanto os Sacramentos da Ordem e do Matrimónio os tornam preparados para realizar as suas tarefas apostólicas na Igreja e no mundo. A Unção dos enfermos, por fim, faz-nos experimentar o conforto divino na doença e no sofrimento.

Agir em sintonia com a esperança cristã

Queridos jovens, se vos alimentardes de Cristo e viverdes imersos n'Ele como o apóstolo Paulo, não podereis deixar de falar d'Ele, de O fazer conhecer e amar por tantos vossos amigos e coetâneos. Tendo-vos tornado seus fiéis discípulos, sereis assim capazes de contribuir para formar comunidades cristãs impregnadas de amor como aquelas das quais fala o livro dos Actos dos Apóstolos. A Igreja conta convosco para esta empenhativa missão: não vos desencoragem as dificuldades e as provas que encontrardes. Sede pacientes e perseverantes, vencendo a natural tendência dos jovens para a pressa, para querer tudo e já.

Queridos amigos, como Paulo, testemunhai o Ressuscitado! Fazei-O conhecer a quantos, vossos coetâneos ou adultos, estão em busca da "grande esperança" que dê sentido à sua existência. Se Jesus se tornou a vossa esperança, dizei-o também aos outros com a vossa alegria e com o vosso compromisso espiritual, apostólico e social. Habitados por Cristo, depois de ter posto n'Ele a vossa fé e de lhe ter dado toda a vossa confiança, difundi esta esperança ao vosso redor. Fazei escolhas que manifestem a vossa fé; mostrai que compreendestes as insídias da idolatria do dinheiro, dos bens materiais, da carreira e do sucesso, e não vos deixeis atrair por estas quimeras falsas. Não cedais à lógica do interesse egoísta, mas cultivai o amor ao próximo e esforçai-vos por colocar a vós mesmos e as vossas capacidades humanas e profissionais ao serviço do bem comum e da verdade, sempre prontos a responder "a quem vos perguntar a razão da vossa esperança!" (1 Pd 3, 15). O cristão autêntico nunca está triste, mesmo quando tem que enfrentar provas de vários tipos, porque a presença de Jesus é o segredo da sua alegria e da sua paz.

Maria Mãe da Esperança

Modelo deste itinerário de vida apostólica seja para vós São Paulo, que alimentou a sua vida de fé e esperança constantes seguindo o exemplo de Abraão, do qual escreve na Carta aos Romanos: "Ele mesmo, contra o que podia esperar, acreditou que havia de ser pai de muitas nações" (Rm 4, 18). Por estas mesmas pegadas do povo da esperança formado pelos profetas e pelos santos de todos os tempos nós prosseguimos rumo à realização do Reino, e no nosso caminho acompanhe-nos a Virgem Maria, Mãe da Esperança. Aquela que encarnou a esperança de Israel, que doou ao mundo o Salvador e permaneceu, firme na esperança, aos pés da Cruz, é para nós modelo e amparo. Sobretudo, Maria intercede por nós e guia-nos na escuridão das nossas dificuldades para o alvorecer radioso do encontro com o Ressuscitado. Gostaria de concluir esta mensagem, queridos jovens amigos, fazendo minha uma bela e conhecida exortação de São Bernardo inspirada no título de Maria Stella maris, Estrela do mar: "Tu que na instabilidade contínua da vida presente, te vês mais a flutuar entre as tempestades do que a caminhar na terra, mantém fixo o olhar no esplendor desta estrela, se não quiseres ser aniquilado pelos furacões. Se insurgem os ventos das tentações e te encalhas entre as rochas das tribulações, olha para a estrela, invoca Maria... Nos perigos, nas angústias, nas perplexidades, pensa em Maria, invoca Maria... Seguindo os seus exemplos não te perderás; invocando-a não perderás a esperança; pensando nela não cairás no erro. Amparado nela não escorregarás; sob a sua protecção nada recearás; com a sua guia não te cansarás; com a sua protecção alcançarás a meta" (Homilias em louvor da Virgem Mãe, 2, 17).

Maria, Estrela do mar, sê tu a guiar os jovens do mundo inteiro ao encontro com o teu Filho divino Jesus, e sê ainda tu a celeste guarda da sua fidelidade ao Evangelho e da sua esperança.

Ao garantir a minha recordação quotidiana na oração por todos vós, queridos jovens, abençoo de coração a vós e às pessoas que vos são queridas.

Vaticano, 22 de Fevereiro de 2009.


BENEDICTUS PP. XVI

MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II




"Viemos adorá-lo" (Mt 2, 2)



Caríssimos jovens!

1. Celebrámos este ano a XIX Jornada Mundial da Juventude meditando sobre o desejo expresso por alguns gregos, que chegaram a Jerusalém por ocasião da Páscoa: "Queremos ver Jesus" (Jo 12, 21). E eis-nos agora a caminho de Colónia,onde em Agosto de 2005 será realizada a XX Jornada Mundial da Juventude.

"Viemos adorá-lo" (Mt 2, 2): eis o tema do próximo encontro mundial juvenil. É um tema que permite que os jovens de todos os continentes repercorram idealmente o percurso dos Magos, cujas relíquias, segundo uma tradição piedosa, são veneradas precisamente naquela cidade, e encontrem, como eles, o Messias de todas as nações.

Na realidade, a luz de Cristo já esclarecia a inteligência e o coração dos Magos. "Eles partiram" (Mt 2, 9), narra o evangelista, lançando-se corajosamente por estradas desconhecidas e empreendem uma viagem longa e difícil. Não hesitam em deixar tudo para seguir a estrela que tinham visto surgir no Oriente (cf. Mt 2, 1). À imitação dos Magos, também vós, queridos jovens, vos preparais para realizar uma "viagem" partindo de todas as regiões do globo para Colónia. É importante que não vos preocupeis apenas da organização prática da Jornada Mundial da Juventude mas é necessário que vos ocupeis, em primeiro lugar, da sua preparação espiritual, numa atmosfera de fé e de escuta da Palavra de Deus.

2. "E a estrela... ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o Menino, parou" (Mt 2, 10). Caríssimos, é importante aprender a perscrutar os sinais com os quais Deus nos chama e nos guia. Quando temos a consciência de sermos guiados por Ele, o coração experimenta uma alegria autêntica e profunda, que é acompanhada por um desejo sincero de O encontrar e por um esforço perseverante em segui-lo docilmente.

"Entrando na casa, viram o Menino com Maria, sua mãe" (Mt 2, 11). Nada de extraordinário à primeira vista. Contudo, aquele Menino é diferente dos outros: é o Filho unigénito de Deus que se despojou da sua glória (cf. Fl 2, 7) e veio à terra para morrer na Cruz. Desceu entre nós e fez-se pobre para nos revelar a glória divina, que contemplaremos plenamente no Céu, nossa pátria bem-aventurada.

Quem poderia inventar um sinal de amor maior? Permaneçamos extasiados diante do mistério de um Deus que se humilha para assumir a nossa condição humana até se imolar por nós na cruz (cf. Fl 2, 6-8). Na sua pobreza, veio para oferecer a salvação aos pecadores, Aquele que como nos recorda São Paulo "sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza" (2 Cor 8, 9). Como dar graças a Deus por tanta bondade magnânima?

3. Os Magos encontram Jesus em "Bêt-lehem", que significa "casa do pão". Na humilde gruta de Belém jaz, colocado em cima de um pouco de palha, "o grão de mostarda" que, morrendo, dará "muito fruto" (cf. Jo 12, 24). Para falar de si e da sua missão salvífica Jesus, ao longo da sua vida pública, recorrerá à imagem do pão. Dirá: "Eu sou o pão da vida", "Eu sou o pão que desceu do céu", "o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo" (Jo 6, 35.41.51).

Repercorrendo com fé o itinerário do Redentor da pobreza desde o Presépio até ao abandono na Cruz, compreendemos melhor o mistério do seu amor que redime a humanidade. O Menino, colocado por Maria na Manjedoura, é o Homem-Deus que veremos pregado na Cruz. O mesmo Redentor está presente no sacramento da Eucaristia. Na manjedoura de Belém deixou-se adorar, sob as pobres aparências de um recém-nascido, por Maria, por José e pelos pastores; na Óstia consagrada adorámo-l'O sacramentalmente presente em corpo, sangue, alma e divindade, e oferece-se a nós como alimento de vida eterna. A santa Missa torna-se então o verdadeiro encontro de amor com Aquele que se entregou completamente por nós. Queridos jovens, não hesiteis em responder-Lhe quando vos convida para o banquete do Cordeiro" (cf. Ap 19, 9). Escutai-O, preparai-vos de modo adequado e aproximai-vos do Sacramento do Altar, sobretudo neste Ano da Eucaristia (Outubro de 2004-2005) que quis proclamar para toda a Igreja.

4. "Prostrando-se, adoraram-no" (Mt 2, 11). Se no Menino que Maria estreita entre os seus braços os Magos reconhecem e adoram o esperado pelas nações anunciado pelos profetas, nós hoje podemos adorá-lo na Eucaristia e reconhecê-lo como o nosso Criador, único Senhor e Salvador.

"Abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra" (Mt 2, 11). Os dons que os Magos oferecem ao Messias simbolizam a verdadeira adoração. Mediante o ouro eles realçam a realeza divina; com o incenso confessam-no como sacerdote da nova Aliança; oferecendo-lhe a mirra celebram o profeta que derramará o próprio sangue para reconciliar a humanidade com o Pai.
Queridos jovens, oferecei também vós ao Senhor o ouro da vossa existência, ou seja, a liberdade de o seguir por amor respondendo fielmente à sua chamada; fazei subir para Ele o incenso da vossa oração fervorosa, o louvor da sua glória; oferecei-lhe a mirra, isto é, o afecto replecto de gratidão por Ele, verdadeiro Homem, que nos amou até morrer como um malfeitor no Gólgota.

5. Sede adoradores do único Deus, reconhecendo-lhe o primeiro lugar na vossa existência! A idolatria é uma tentação constante do homem. Infelizmente há quem procure a solução para os problemas em práticas religiosas incompatíveis com a fé cristã. É grande a tentação de pensar nos mitos de fácil sucesso e do poder; é perigoso aderir a concepções evanescentes do sagrado que apresentam Deus sob a forma de energia cósmica, e de outras maneiras que não estão em sintonia com a doutrina católica.

Jovens, não cedais a falsas ilusões nem a modas efémeras, que muitas vezes deixam um trágico vazio espiritual! Recusai as soluções do dinheiro, do consumismo e da violência dissimulada que por vezes os meios de comunicação propõem.

A adoração do verdadeiro Deus constitui um acto autêntico de resistência contra qualquer forma de idolatria. Adorai Cristo: Ele é a Rocha sobre a qual construir o vosso futuro e um mundo mais justo e solidário. Jesus é o Príncipe da paz, a fonte de perdão e de reconciliação, que pode irmanar todos os membros da família humana.

6. "Regressaram ao seu país por outro caminho" (Mt 2, 12). O Evangelho esclarece que, depois de ter encontrado Cristo, os Magos regressaram ao seu país "por outro caminho". Esta mudança de caminho pode simbolizar a conversão daqueles que encontraram Jesus e foram chamados a tornar-se os verdadeiros adoradores que Ele deseja (cf. Jo 4, 23-24). Isto exige a imitação do seu modo de agir fazendo de si próprios, como escreve o apóstolo Paulo, um "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". O Apóstolo acrescenta depois que não se conformem com a mentalidade deste século, mas que se transformem renovando a mente, "para poder discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom e lhe é agradável é perfeito" (cf. Rm 12, 1-2).

Escutar Cristo e adorá-lo leva a fazer opções corajosas, a tomar decisões por vezes heróicas. Jesus é exigente porque deseja a nossa felicidade autêntica. Chama alguns a deixarem tudo para o seguir na vida sacerdotal ou consagrada. Quem sente este convite não tenha receio de lhe responder "sim" e ponha-se generosamente no seu seguimento. Mas, além das vocações de especial consagração, existe também a vocação própria de cada baptizado: também ela é vocação àquela "medida alta" da vida cristã ordinária que se expressa na santidade (cf. Novo millennio ineunte, 31). Quando se encontra Cristo e se acolhe o seu Evangelho, a vida muda e somos estimulados a comunicar aos outros a própria experiência.

São tantos os nossos contemporâneos que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com alternativas insignificantes. É urgente, por conseguinte, ser testemunhas do amor contemplado em Cristo. O convite para participar na Jornada Mundial da Juventude é também para vós, queridos amigos que não sois baptizados ou que não vos reconheceis na Igreja. Não é porventura verdade que também vós tendes sede de Absoluto e andais em busca de "algo" que dê significado à vossa existência? Dirigi-vos a Cristo e não sereis desiludidos.

7. Amados jovens, a Igreja precisa de testemunhas autênticas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida seja transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros. A Igreja precisa de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Sobre este caminho de heroísmo evangélico foram muitos os que nos precederam e exorto-vos a recorrer com frequência à sua intercessão. Encontrando-vos em Colónia, aprendereis a conhecer melhor alguns deles, como São Bonifácio, o apóstolo da Alemanha, e os Santos de Colónia, particularmente Úrsula, Alberto Magno, Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e o beato Adolph Kolping. Entre eles, gostaria de citar em particular Santo Alberto e Santa Teresa Benedita da Cruz que, com a mesma atitude interior dos Magos, procuraram apaixonadamente a verdade. Eles não hesitaram em colocar as próprias capacidades intelectuais ao serviço da fé, testemunhando assim que fé e razão estão ligadas e que uma se refere à outra.

Caríssimos jovens encaminhai-vos idealmente para Colónia, o Papa acompanha-vos com a sua oração. Maria, "mulher eucarística" e Mãe da Sabedoria, ampare os vossos passos, ilumine as vossas opções, vos ensine a amar o que é verdadeiro, bom e belo. Acompanhe todos vós até ao seu Filho,oúnico que pode satisfazer as expectativas mais íntimas da inteligência e do coração do homem.

Com a minha Bênção!
Esse e o nosso Pastor, represetante de Cristo na Terra, Papa Bento XVI





A Igreja Católica e suas festas nem sempre religiosas - Dom Redovino

No dia 8 de julho, recebi uma carta de um leigo cristão de nossa Diocese, questionando o uso de bebida alcoólica nas festas promovidas pela Igreja. Transcrevo-a sinteticamente:«Há duas semanas, entrou em vigor a lei 11.705, que altera o CTB em relação ao uso do álcool. Ontem, durante o encontro do nosso grupo de reflexão, surgiu um questionamento sobre a posição da Igreja diante do consumo de bebida alcoólica nas festas religiosas.Hoje, nos deparamos com um fato novo, que é a vigência da nova lei, a qual, no primeiro momento, já demonstrou os seus benefícios Como procederá a Igreja diante deste fato novo? Continuará a promover suas festas servindo bebidas alcoólicas?Uma das festas de grande expressão em nossa cidade é a de São Cristóvão (padroeiro dos motoristas), justamente aqueles a quem a lei vem regulamentar o comportamento quanto à utilização do álcool. Como católico praticante, rezo para que, um dia, todas as nossas paróquias possam abolir totalmente, de suas festas, a venda de bebidas alcoólicas».Se se pudesse brincar com assuntos sérios – mas não convém, até mesmo para não fugir do problema –, eu começaria dizendo que nasci em Bento Gonçalves, a cidade que diz produzir o melhor vinho da América Latina! Acrescentaria que o primeiro milagre operado por Jesus aconteceu exatamente numa festa de família, ocasião em que transformou em torno de 500 litros de água em vinho – e do bom, como se apressa a esclarecer o Evangelho. Para seus adversários, Jesus não passava de um «glutão e bebedor de vinho» (Lc 7,34). Por sua vez, São Paulo não hesitou em dar um conselho inesperado ao bispo Timóteo: «Deixa de beber somente água; toma um pouco de vinho para facilitar a digestão e superar tuas freqüentes doenças» (1Tm 5,23). Mas, como se sabe, a Bíblia é um oceano infinito, onde cada um pesca o que quer. Por isso, se nela encontramos elogios ao vinho, há também inúmeras páginas que o condenam veementemente. Para não cansar o leitor, cito apenas São Paulo, o mesmo que aconselhou Timóteo a não beber apenas água. Aos fiéis leigos, dizia: «Não vos embriagueis com vinho, o pai da luxúria» (Ef 5,18). Aos eclesiásticos, acrescentava: «O bispo deve ser sóbrio, não dado ao vinho nem violento» (1Tm 3,3). Por fim, às mulheres (pois a embriaguez não é privilégio dos homens), pedia que «não fossem escravas da maledicência e da bebida» (Tt 2,3).Como se percebe, para São Paulo os efeitos perversos do álcool são a luxúria, a violência e a maledicência.Se todos fôssemos adultos e maduros, não haveria problemas. Saberíamos quando beber e quando parar. «Virtus in medio: a virtude está no equilíbrio» repetiam os antigos latinos. Nem sempre a renúncia aos bens criados por Deus é sinal de santidade. Há momentos e situações em que ela é necessária, em vista de um ideal superior; mas, na normalidade do dia-a-dia, Deus pede apenas que deixemos de lado o que impede o crescimento da humanidade. Dado, porém, que a fraqueza humana é grande – o próprio Jesus falou que «o espírito é forte, mas a carne é fraca» (Mt 26,41) – é sempre mais prudente evitar as ocasiões, pois «quem abre um buraco, nele cairá» (Pr 26,27).Infelizmente, há festas religiosas em que se tem a impressão que sua finalidade principal seja o dinheiro, tanto que seu resultado positivo ou negativo é medido pelo número de caixas de cerveja vendidas… Não poucas vezes, seus próprios organizadores são os que incentivam o uso e o abuso do álcool. Não será por isso que algumas dessas festas terminam em brigas e assassinatos – ou seja, exatamente o contrário do motivo pelo qual deveriam existir?Uma síntese do que penso a respeito é dada pelo “Diretório Administrativo Diocesano”, em vigor desde o dia 1° de janeiro de 2004:«Para a sustentação da Diocese e de cada comunidade, em primeiro lugar, deve-se organizar a contribuição normal e permanente dos membros da comunidade através do dízimo. As outras promoções, como campanhas, festas, quermesses, etc., também têm o seu significado e importância, não apenas pelo seu rendimento econômico, mas, sobretudo, pelo seu valor de confraternização e participação do povo.Nestes momentos fortes de confraternização, as comunidades precisam ter o cuidado de não cometer exageros que provoquem maus exemplos ou escândalos, como, por exemplo, o comércio exagerado e sem escrúpulos de bebidas alcoólicas, motivo de constrangimentos em muitas comunidades. Os próprios bailes – a não ser os estritamente familiares – não parecem adequados para congraçar a comunidade e construir o Reino de Deus. Os fins não justificam os meios».* Dom Redovino Rizzardo, 69, é bispo de Dourados (MS)

Fonte: http://www.cnbb.org.br/index.php?op=pagina&chaveid=010c0000410

Namorar não é fácil

O convívio nos coloca abertos às criticas

Pessoas com desejo de se casar e constituir família sentem-se frustradas por não conseguirem levar adiante um relacionamento. O problema parece ainda maior quando se lembram dos namoros anteriores malsucedidos, nos quais foram criados vários sonhos em castelos de areia por acreditarem ter encontrado o (a) príncipe (princesa) encantado (a). Esses traumas seguramente seriam minimizados se, durante o envolvimento, esses casais levassem mais em conta a falta de disposição do outro para acolher as exigências e as responsabilidades da vida a dois, além de outros sinais que poderiam ser um forte indício de incompatibilidade.

É engano acreditar que somente pela condição financeira estabilizada ou pela boa aparência se consiga estabelecer um namoro duradouro. Viver bem esse tempo significa permitir que este nos ajude e nos ensine a lidar com algumas situações ainda não experimentadas, como divergências de opinião, interferências dos familiares no relacionamento, dificuldades em encontrar o equilíbrio, brigas, vícios, entre outras dificuldades que certamente surgirão durante o processo de conhecimento mútuo.

No convívio, o casal de namorados passa a ser regido conforme um princípio comum, estabelecido a partir dos valores nos quais foram educados e que irão fundamentar uma futura vida conjugal. Da mesma maneira que formamos opiniões sobre as pessoas, estas também criam conceitos a nosso respeito. Se num breve encontro com alguém somos capazes de fazer um julgamento, bem maiores serão as chances de elaborarmos um verdadeiro dossiê a respeito da pessoa com quem estamos convivendo nessa fase [namoro]. Muito mais que se confrontarem com ocasiões divergentes, os enamorados precisarão buscar soluções sensatas para equacionar os variados tipos de impasses.

É certo que a experiência do convívio a dois nos coloca abertos às possíveis críticas e a recíproca também é verdadeira. Ser desaprovados a respeito de uma roupa que estamos usando, por exemplo, não nos causa tanto desconforto se comparado ao mal-estar causado ao sermos censurados pelo nosso comportamento. Aprender a acolhê-las [críticas] e aplicá-las no nosso viver é uma das virtudes necessárias para o desenvolvimento de um bom relacionamento. Esse novo processo, o qual muitas vezes é lento, se torna mais fácil com a ajuda do outro, quando este também deseja viver as possíveis mudanças exigidas.

Namorar alguém muito diferente de nós, não significa que o relacionamento esteja fadado ao fracasso. Por outro lado, sabemos que, nesses casos, maiores devem ser os gestos de paciência e esforço de forma a criar novas perspectivas para as divergências nos pontos de vista, valores, ideais, entre outros. Apenas reclamar do (a) namorado (a) – que foi sua escolha – de nada ajudará.

O ritmo da nossa vida nos impulsiona a sermos melhores a cada dia. Não podemos ser guiados pelo próprio comodismo de continuar a ser aquilo que nos torna pouco agradáveis ou intransigentes ao outro. Insistir na ideia de que “aquele que gosta de mim precisa me aceitar como sou” não funciona. Fazer uma avaliação sobre o que tem sido vivido no namoro e corrigir os possíveis desvios facilita o convívio e fortalece os laços. Pode acontecer que, nessa análise, se descubra a intolerância como uma possível causa da desarmonia no relacionamento, a qual não deve ser levada para a próxima etapa, isto é, o casamento.

Flavinho e Neil Velez em Natal - 21 e 22 de novembro!
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Virgindade? Para quê?


Espere a pessoa especial que o Senhor tem para você

Virgem é aquilo que não foi violado ou que mantém sua característica original.

Comercialmente falando, lembramo-nos, dentre outros, dos equipamentos de informática, como CD’s e DVD’s, e do óleo de azeite de primeira prensagem, isto é, sem a mistura com outro produto já refinado. Mas quanto ao ser humano, virgindade diz respeito a quem ainda não teve relação sexual.

Infelizmente, algumas pessoas formam uma imagem pejorativa ao associarem a condição de pureza de homens e mulheres na sua sexualidade.

A sexualidade do ser humano faz parte de suas instâncias mais profundas e está interligada a todas as dimensões: na física: o prazer carnal; no psíquico: bem-estar ou tensões durante e posteriores ao ato; e no espiritual: sentido de união e complemento com a outra pessoa.

Em nossos dias há uma mentalidade (impulsionada pela mídia, pelos sistemas de saúde e governos) que divulga pensamentos errôneos sobre a sexualidade, não levando em conta o humano no seu todo. Incentiva-se, principalmente os jovens, à perda da virgindade e ao conhecimento do corpo pautado somente nas sensações prazerosas proporcionadas pelo ato sexual, sem considerar o que existe além do físico. Para isso estampam virgindade e castidade como algo retrógrado, insuportável e impossível de ser vivenciado. Levam a maioria a questionar e a ridicularizar quem se declara ainda preservado na sua intimidade e desviam a atenção dos benefícios contidos em se guardar até um compromisso definitivo.

Perder a virgindade, motivado puramente pela busca de sensações carnais, pode acarretar consequências negativas no campo psicológico, gerando pressões, culpas e medos, sentimentos que a pessoa pode não estar pronta para administrar. E no espiritual, une fisicamente quem ainda não se identificou na alma como continuidade do outro, ou seja, o casal ainda não se assumiu nas qualidade e defeitos de ambos. Ainda que homens e mulheres estejam sujeitos, em todas as suas dimensões, às consequências da iniciação sexual, no caso da mulher, o rompimento do hímen causa uma marca física, tornando a primeira relação muito mais impactante em seu emocional do que para o homem. E, além disso, ela coloca sua intimidade física à disposição de um parceiro que, posteriormente, pode não mais querer compartilhar de sua vida, desvalorizando a entrega que ela lhe fez.

Somente dentro do matrimônio, gestado num namoro que trouxe a confiança na cumplicidade da pessoa ao lado, a vida sexual traz plenos benefícios para as três dimensões do ser. O amor e a amizade, impressos na alma durante a etapa de conhecimento, fornece aos afetos a segurança necessária para posteriormente haver a doação física. É a preparação do espírito, da mente e do físico. Por meio dessa entrega, homem e mulher não estão privados do que é bom e prazeroso, somente que aprendem a respeitar o tempo e o propósito de tudo o que foi criado por Deus, enquanto aguardam estar prontos.

O Senhor está em tudo que é bom no ser humano! Como vimos, optar pela virgindade até o matrimônio é compensador, pois assim, vivencia-se o sentido corporal da pureza, é prova de amor a Deus e a quem mostrou-se ser fidedigno de dividir o dom da sexualidade.

“Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas” (Mateus 7,6).

E para aqueles que outrora, enganados pelos incentivos mundanos, romperam com esse santo ideal, a proposta da castidade faz com que voltem a participar de todos os méritos da pureza.

O Todo-poderoso acolhe e nunca condena ninguém; e mesmo que tenhamos vivido no erro, Ele vem a nós trazendo Sua Graça. Basta querermos participar do Seu Amor.

Espere a pessoa especial que o Senhor tem para você e viva, na época certa, toda a bênção no corpo, nos sentimentos e na alma.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009







Essa e a coordenação de catequese da Igreja de Santa Paula Frassinetti






Esse São alguns catequistas de nossa Igreja
Desterre seus traumas
Eles são curados a partir de uma decisão pessoal

Muitas vezes, semeamos traumas dentro de nós e que depois vêm à tona. Existem sementes que germinam de um dia para o outro, mas existem sementes que levam anos para que isso aconteça. São Paulo, em sua carta, diz que há também em nossa vida espiritual sementes de mágoas e de traumas que caíram em nosso coração e foram enterradas e, muitas vezes, o que tentamos fazer é esquecê-los [mágoas e traumas]. É preciso trazer à luz a experiência que vivemos consciente ou inconscientemente e que está guardada em nós, gerando vícios. Lembremos que todos os vícios têm como raiz um trauma.


Quando se estabelece o pecado em nós, gerando mais pecados, isso é sinal de trauma que precisa ser desenterrado. Não é fácil tocar nesses traumas; é doloroso, mas também necessário para a cura. Todo processo de arrancar é doloroso, não é rápido, automático.


Nós estamos mal-acostumados com meios fáceis e rápidos, como o celular, o avião, o controle remoto e em tudo queremos rapidez. Corremos o risco de pensar que com as realidades espirituais e afetivas acontecem da mesma forma, e, na verdade, os traumas só são curados a partir de uma decisão pessoal.


Trauma é aquilo que na hora traumatiza, e por isso é mais fácil esconder e dizer "um dia melhora"; quando na verdade além de não sarar complica. Primeiro, você tem que tomar a decisão de querer tocar na ferida, consciente de que se não desinfetá-la vai complicar ainda mais.


O grande problema dos adultos é pensar que as crianças não sentem e não explicam muitas coisas a elas, sendo que entendem tudo. Nós adultos temos rejeições; os idosos também e começam a viver do passado por se sentirem rejeitados no tempo presente. Você que é idoso não tenha vergonha da sua idade, aceite a forma que você é.


1° passo: Aceite-se do jeito que você é hoje, sem isso não há transformação, pois, se você não se aceita você não se ama. Diante de Deus, até diante do seu espelho diga "Eu me aceito do jeito que eu sou".


2° passo: Na sua cama, deite um pouco mais cedo e reze com o seu corpo. Respire fundo e comece a concentrar-se, lembre-se do seu pé, aceitando-o, ame-o e cuide dele. Aceite a sua perna, seu joelho e, assim, todo o seu corpo. É uma oração para curar também os traumas trazidos da sexualidade. Quem aceita ama e quem ama cuida.
Vocação para o casamento
Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe...A+A-
Vivemos num contexto social de muitas “éticas” até confrontantes. As desculpas para não se seguirem valores inerentes à natureza e a verdades objetivas são muitas. A título de se ser moderno ou não retrógrado passa-se, não raro, por cima da verdade e do direito em função do modismo ou da satisfação pessoal. Compromissos com valores da dignidade humana, da família, do sexo, do respeito aos indefesos, do meio ambiente e do bem comum ficam para os que são formados e assumem a altivez de caráter como valor acima de outros interesses.


Na ordem afetiva, sentimental e sexual se fica muito à mercê da propaganda e dos desejos impulsionados pela libido e pela sensorialidade. Tais desejos nem sempre são canalizados por valores que orientam a pessoa à consecução da felicidade como conjugação do prazer momentâneo e aquele da realização de um ideal de vida. Fixando-se mais no animalesco do que no sentido da vida plenificado com valores éticos, morais e sociais, a pessoa está sujeita à irracionalidade do uso e da busca do prazer momentâneo como sendo isso absoluto. Nessa direção, a pessoa se torna insaciável e não encontra no prazer momentâneo um sentido mais elevado e realizador da vida.


Na trilha e na busca de sentido para a convivência matrimonial, pode haver ledo engano de realização humana, quando homem e mulher não se unirem em vista de uma real vocação conjugal. O impulso para o casamento, baseado unicamente no sensorial ou no desejo de os dois se gratificarem na complementaridade afetiva e sexual, frequentemente pode ser rompido com algum desequilíbrio de doação de um pelo outro. Havendo, porém, em ambos, a consciência e o pacto de mútua ajuda para conseguirem um ideal de vida por motivo de um sentido de vida maior, dá-se base de fecundidade na vocação matrimonial. Para isso, é preciso orientação e formação para o valor do casamento como verdadeira vocação. Preparação para tanto é fundamental.


Caso contrário, viveremos cada vez mais a panacéia de uniões que não levam à realização das pessoas que se casam, com as consequências muitas vezes danosas para tantos filhos! Não à toa Jesus Cristo fala da união para sempre do casamento entre homem e mulher, para a busca da felicidade, que está num ideal de vida buscado perenemente. A bênção divina está no bojo de tal encaminhamento. Mas é preciso, nessa direção, haver preparação, vontade e responsabilidade de construção da vida a dois para valer.


Nada, assim, vai tirar o casal do sério de uma vida de amor e doação autênticos. Meios coadjuvantes para isso encontramos na ordem natural e sobrenatural: diálogo, compreensão, boa vontade, colaboração, valorização do outro, perdão, oração, meditação na Palavra de Deus, sacramentos, aceitação das observações do outro, aconselhamento...


Muitos são os obstáculos para que o amor matrimonial corra nessa perspectiva. A influência do paganismo, da mediocridade, a falta de formação e influência de grandes meios de comunicação materialistas dificultam a juventude a se pautar na vida por valores acima apresentados. Aliás, na sociedade vemos duas vocações de fundamental importância: a família e a política. Justamente para as duas há muita falta de preparo! As consequências são óbvias!


A Palavra de Deus nos auxilia para valorizarmos a vocação matrimonial: “Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por Ela... Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo... Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne” (Ef 5, 25.28.31).
o evangelho de São Marcos, 11-22 “Tenha fé em Deus”, quando nós buscamos a palavra fé, sua definição, há muitos sinônimos que vem com estas palavras: confiança, certeza, segurança. E jesus Cristo diz que temos que aplicar todas essas palavras em Deus; você precisa ter confiança, ter certeza, ter segurança em Deus.



Logo nos versículos seguintes diz, que se tivermos todas essas palavras, em Deus, podemos mover montanhas em nossas vidas. Nossas orações serão escutadas, se temos fé, confiança, se estamos seguros de Deus.

Como dizia ontem, tudo depende de nós, daquilo que eu creio. Nós passamos esperando por Deus, na verdade, Deus está esperando por nós, Deus está esperando seu caminhar. Se entendêssemos isso, nossa vidas seriam mudadas completamente.

Em Marcos 4,35 diz que Jesus mandou que os discípulos subissem numa barca e que fossem para o outro lado, no versículo 37 relata que levantou uma grande tempestade, e a barca já estava quase afundando. O outro lado significa a glória de Deus, é isso que o Senhor quer, que cheguemos em Sua glória, Deus deseja que você seja feliz, que tenha alegria e gozo em sua vida.

É importante que entendamos que nosso Deus deseja o melhor para nós. Até que entendamos isso, não teremos a verdadeira fé, precisamos ter segurança, certeza, confiança. Onde há fé não pode haver dúvidas.

Você não daria o cuidado de seus filhos a um desconhecido, este ato de confiança vem depois de ter conhecido a pessoa, e descobrir que essa pessoa é digna de confiança. Mas até você ter essa segurança, você sempre ficará inseguro, por isso, precisamos conhecer ao Senhor, sua vontade, para ter essa confiança em Deus.

Aquele que pede segundo a vontade de Deus, é atendido. A pessoa que conhece esses quatros passos conhecerá a glória de Deus em sua vida: Saber que Deus está, qual é a sua vontade, que Deus pode, que Deus fará.


"Aquele que pede segundo a vontade de Deus, é atendido"


O problema é que na verdade não sabemos qual é a vontade de Deus. Para ver a glória de Deus necessitamos saber qual a vontade de Deus para nossa vida. Temos que pedir coisas conforme a vontade de Deus e para pedir a vontade de Deus precisamos conhecê-la. As vezes agimos como se fosse um grande mistério, como se Deus ocultasse a sua vontade e te digo: “qual a vantagem de Deus em esconder Sua vontade?”.

Devemos nos perguntar, como conhecer a vontade de Deus? Há um livro que necessitamos estudar e às vezes temos um descuido com ele, temos somente um contado com ele no grupo de oração e depois não pegamos mais, mas este livro é que mais devemos ler, e às vezes apenas está aberto em sua casa, em algum Salmo.

Neste livro se encontra a vontade de Deus. Conhecer a palavra de Deus é saber a Sua vontade, nela Ele revela todas as suas vontades, suas promessas, suas bênçãos. Nela existem 30.000 promessas feitas por Deus que não podem retornar vazia.

Nós necessitamos conhecê-la, mas se temos este livro como enfeite, nunca conheceremos. Se vivermos conforme a vontade de Deus veremos sua glória. Se não conhecemos a vontade de Deus, não poderemos fazer orações com segurança. E todo aquele que pede com dúvidas, não espere receber nada do Senhor. Todas as dúvidas deve desaparecer, as orações que chegam ao ouvido do Senhor, é a oração com fé, e só oramos com fé se oramos conhecendo Sua vontade, e a conhecemos através de Sua Palavra.
Deus deseja que cheguemos a Sua glória, que cheguemos ao outro lado, mas é difícil navegar até o outro lado, pois vem muitas tormentas, com o propósito de que tiremos nossos olhos de Deus, que deixemos de navegar. O diabo não quer que você seja curado, não quer que você seja feliz, pois quando você recebe essas graças Deus é glorificado. Eu quero que você entenda, tu és responsável, por receber ou não, alcançar ou não a glória de Deus. O demônio sabe disso e faz com todas as forças para nos deter, pois nos detendo, ele detém a glória de Deus. Tormentas se farão, problemas se farão, se alguém falar que você não terá mais problemas, é mentira.

Tem gente que diz que quando não estava em Cristo, não tinha problemas, e eu digo antes você pertencia a Satanás e ele não precisava te deter, mas quando você está em Cristo, o demônio precisa te deter. Até você chegar a glória de Deus, muitas tormentas se farão, e é aí que muitos deixam de navegar, caem na armadilha de Satanás. Mas escute irmão, no meio da tormenta, Deus está contigo, recorda que ele sempre está com você, mesmo que pareça que ele está dormindo e perguntamos onde está o senhor, Deus está sempre contigo. Nós é que deixamos de ver, caímos nas mentiras de Satanás, onde cremos que Ele não está conosco. Mas Deus está em todas situações, Deus está contigo e tem poder para acalmar a tempestade.

Na Bíblia diz que, eles se assustaram no meio da tormenta e despertaram Jesus e o Senhor disse a tormenta: Cala-te, e a tormenta se deteu, e veio uma paz completa e eles se encheram de medo. E se perguntavam, quem é este que até o mar obedecem, e Jesus os repreende, homens de pouca fé.

Eu não sei por que você não crê. O seu Deus é muito maior que todos os seus problemas, se cremos veremos Sua glória.
O Repouso no Espírito

“...Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sobre o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebeis minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para vossas almas...”. (Mt 11, 28-29).





Nosso Deus é um Deus de amor, Ele quer dar o repouso a nossas almas, e para isto o Senhor quer nos dar o Repouso no Espírito Santo. O Repouso no Espírito Santo é um “Dom Carismático”, e traduzindo esta palavra encontramos o significado “Dons gratuitos”: o repouso no Espírito é um presente gratuito do Amor de Deus por nós, e se é um Dom não pode ser desprezado nem ignorado.



“A respeito dos Dons espirituais, irmãos, não quero que vivais na ignorância.” (1Cor 12,1). Mas infelizmente muitos por medo ou por não conhecer melhor este dom de Deus não abrem seu coração.




Definições para o Repouso no Espírito Santo:

* Uma experiência que consiste em cair de costas no chão durante uma oração. Cair sob o poder de Deus. Não é desmaio nem sono, permanece à consciência os outros agindo e falando ao redor. Mas quem recebe o dom não se importa com nada, é como uma pessoa absorvida pela TV em uma sala barulhenta.

* “Parece que enquanto repousamos no Espírito, as nossas funções físicas e psicológicas se desaceleram e a sensibilidade se intensifica no relacionamento com o Senhor”... (Padre Robert DeGrandis).

* “Uma profunda sensação de bem estar que causa um relaxamento momentâneo.”
(Pe. George Montague).

* “Entrega e renuncia da atividade e dos sentidos do corpo físico para que Deus possa Se manifestar mais claramente ao nosso íntimo.” (Pe Robert Degrandis).

* Uma sensação do poder divino, uma energia que flui interiormente, que nos faz relaxar e cair...

* O repouso é um momento que o Senhor usa para curar o nosso interior. Deixando nosso coração mais sensível e aberto.



A sensação mais comum partilhada por pessoas que repousaram no Espírito foi de ter sido alvo do Amor dos cuidados de Deus. Em muitos casos as pessoas têm um encontro direto e pessoal com o Senhor. As pessoas sentem seu amor, ouvem o Senhor falando com elas e simplesmente repousam na sua presença.



Nosso Deus quer que o experimentemo-los, que tenhamos consciência Dele em nível de sensação e emoção. - “Eu fui uma pessoa que conhecia muita teoria sobre Deus, lia muito o antigo testamento, e por isso eu tinha uma figura de Deus como um ser distante que estava ali somente para nos julgar quando eu pecasse. Quão grande foi minha surpresa durante uma noite de sábado quando fui convidado a participar de uma adoração na Comunidade Vida Missão. Era tudo novo pra mim, quando num determinado momento o Alex impôs as mãos sobre mim e rezou pedindo o Espírito Santo, neste momento recebi uma cura muito grande de tudo o que eu já sofri em meu passado, desde minha gestação e nascimento, até aquele momento, e então eu mergulhei no amor de Deus, repousei minha alma no Espírito. Neste momento senti como se Jesus me pegasse no colo, e aquela figura de um Deus distante caiu por terra, e eu pude sentir a presença e o amor de Jesus fisicamente, bem de pertinho. Foi algo maravilhoso, que mudou minha vida, quando me levantei parecia até que estava bêbado, era uma alegria indescritível. E depois de sentir todo amor que Deus tem por mim o mínimo que podia fazer era serví-lo! Minha vida teve um novo significado, estava cego e comecei a enxergar naquela noite, entendi que a felicidade que eu buscava nas festas, na bebida e na prostituição não era verdadeira, que a verdadeira alegria só em Cristo poderia achar.”



Fundamentação Bíblica:

*(Gn 2, 21) Deus nos repousa para poder operar em nós - Deus repousou Adão para melhor poder operá-lo, assim Ele nos repousa para poder realizar grandes curas em nós.

*(Lc 17, 15-16) O homem se prostra diante de Deus em sinal de gratidão – nosso prostrar diante de Deus também é um ato de reconhecer Seu senhorio.

*(At 26, 13-14) O homem sucumbi ao poder de Deus – A criatura não é maior que o criador.

*(Dn 10, 8-9) Confirmação da presença de Deus – No repouso é o Senhor quem age e faz.

*(Ap 1,17) Jesus fala conosco – Como à João, Jesus continua a falar-nos, mas muitas vezes Ele precisa repousarmos, porque só assim conseguimos estar em silêncio para ouví-lo.

O repouso pode ser tanto espontâneo ou ministrado. No repouso ministrado o ministro que ora pela pessoa pede que seja retirado as barreiras do coração para que a pessoa mergulhe no Espírito Santo. No repouso espontâneo a pessoa tem uma comunhão tão profunda com Deus que se entrega ao seu amor. Vários Santos fizeram esta experiência num momento de profunda oração e intimidade com Deus, tal como Santa Tereza D´Avila que descrevia esta experiência em suas memórias como “um suave deleite”.





Benefícios do Repouso no Espírito:

· O repouso geralmente abre os corações para ouvir a palavra de Deus.

· O Repouso atrai para a oração profunda, intensifica o Dom da contemplação.

· O Espírito Santo pode atuar melhor em nós quando estamos relaxados.

· Quando a fé está fraca necessitamos de dons extraordinários, tal como o repouso.

· Reaviva nossa fé empoeirada.

· As pessoas mais incorrigíveis podem ser tocadas pelo amor de Deus.

· O repouso faz parte do ministério de cura. Quando num retiro não se tem tempo para fazer orações prolongadas individuais, o Senhor usa do repouso para realizar curas profundas em curtos espaços de tempo. No repouso tem-se um rápido crescimento espiritual em um breve espaço de tempo.



Jesus quer assumir o “comando” de nossas vidas!



Bloqueios ao repouso no espírito:

* Muitas pessoas não conseguem soltar o corpo para trás porque se sentem desprotegidos ou tem medo de se machucar.

* Muitas pessoas são “cultas”, e se preocupam em deitar no chão.

* Muitos católicos tem medo da experiência religiosa profunda.

* Nem todos são livres interiormente. Querem controlar tudo inclusive suas emoções.

* Não se acha digno de receber o repouso do Espírito Santo ou acha que precisamos ser santos para receber o repouso. O repouso não depende do merecimento, ele existe para aqueles que precisam de cura interior e libertação.



Abusos a serem evitados:

* Ter cautela a respeito do local onde usar o repouso, o repouso pode ser controlado, por isso não se deve repousar dentro de uma missa dominical ou em quaisquer lugares públicos, porque não devemos escandalizar as pessoas.

* Focalizar nossa atenção mais na pessoa que ministra o Dom do que no próprio Jesus.



O Senhor continuará nas próximas horas, semanas, meses e anos vindouros.



“... O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma...”.

(Sl 22,1-3)